Economia

Após pregão segurando alta, Bovespa não resiste e cai 0,13%

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postado em 26/02/2009 18:53
A tentativa de recuperação da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) durou quase a totalidade da pregão, mas o mercado doméstico não resistiu ao dia negativo das bolsas americanas. O ânimo dos investidores com os bilhões de dólares para os bancos dos EUA foi contrabalançado por mais uma rodada de indicadores bastante ruins da economia americana e o prejuízo bilionário da General Motors. O câmbio recuou para R$ 2,34. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, cedeu 0,13% no fechamento, aos 38.180 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,38 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em baixa de 1,22%. O dólar comercial foi negociado por R$ 2,346 para venda, em declínio de 1,22% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 417 pontos, número 0,23% abaixo da pontuação anterior. Notícias do dia Entre as principais notícias do dia, a Casa Branca enviou hoje para o Congresso uma proposta orçamentária que prevê US$ 250 bilhões em ajuda para o sistema financeiro e bancário. O mercado chegou a repercutiu mal a possibilidade de uma "estatização" dos bancos, temor que foi parcialmente desanuviado por declarações recentes de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). No front corporativo, a gigante do setor automobilístico General Motors revelou hoje que registrou prejuízo líquido de US$ 30,9 bilhões em 2008, o segundo maior em 100 anos de história da empresa. E o Royal Bank of Scotland anunciou perdas de 24,137 bilhões de libras (US$ 34,412 bilhões) em 2008. Especialistas apontam o resultado como o maior prejuízo da história empresarial britânica. Seguro-desemprego e retração na demanda O governo americano informou um forte crescimento na demanda pelos benefícios do seguro-desemprego, um mais influentes indicadores sobre o mercado de trabalho dos EUA. O total de novos pedidos aumentou para 667 mil até a semana passada. E a demanda por bens duráveis teve uma contração de 5,2% no mês de janeiro, completando uma sequência de seis meses de declínio deste indicador. O maior período de perdas acumuladas para este indicador, anteriormente, foi em 1992, quando caiu por quatro meses. Front doméstico No front doméstico, o Banco Central mostrou que os juros bancários ficaram mais baratos no mês de janeiro, mas ainda estão acima dos níveis anteriores a setembro, mês em que a crise global piorou. Analistas destacaram ainda a queda na concessão de crédito (13,7%), após dois meses de recuperação.

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