postado em 27/02/2009 09:16
A crença do brasiliense na economia caiu, segundo o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em fevereiro, o indicador atingiu o pior resultado da série histórica, iniciada em setembro de 2005. O desempenho do índice é calculado em uma escala de pontuação entre 0 e 200 pontos. Quanto mais próximo do teto, maior a confiança do consumidor. Em janeiro, a pontuação foi de 95,9 e, neste mês, alcançou 94,6, uma redução de 1,4%.
Com o resultado de fevereiro, o ICC retoma a trajetória de queda assumida em setembro e interrompida em janeiro, quando o indicador subiu 0,1% frente a dezembro. Na análise feita pela
FGV neste mês, houve uma queda da confiança tanto na observação da situação presente como nas expectativas quanto ao futuro.
O Índice de Situação Atual (ISA) registrou redução de 0,8% em fevereiro depois de uma alta de 1,2% em janeiro. O Índice de Expectativas (IE), que reflete a visão do consumidor em relação ao futuro da economia, apresentou uma queda 1,7% em fevereiro e atingiu o pior nível da série histórica.
De acordo com a FGV, o consumidor se mostra "cauteloso" em relação às compras de bens duráveis, que normalmente levam a compromissos de financiamentos. A proporção dos consumidores que se dispõem a gastar mais com esse tipo de mercadoria caiu de 8% para 6,8% e a quantidade dos que planejam gastar menos passou de 38,1% para 40,2%.
O cálculo do ICC tem como base cinco quesitos da Sondagem de Expectativas do Consumidor. São entrevistados mais de 2.000 domicílios em sete capitais brasileiras. Para essa pesquisa, a coleta dos dados foi feita de 02 a 20 de fevereiro.