Economia

Bovespa sofre queda de 2,03%; dólar sobe 1,66%, a R$ 2,385

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postado em 27/02/2009 11:35
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em terreno negativo desde os primeiros negócios desta sexta-feira (27/02). O mercado sofre o impacto da contração histórica da economia americana e dos desdobramentos do caso Citigroup. No Japão, a produção industrial teve uma queda recorde, enquanto no Brasil, aumenta a desconfiança dos consumidores. O câmbio reflete esse nervosismo e marca R$ 2,38. O principal termômetro da Bolsa, o Ibovespa, cede 2,03% e bate os 37.404 pontos. Ontem, a Bovespa fechou em queda de 0,13%. O dólar comercial é vendido por R$ 2,385, em forte alta de 1,66% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 419 pontos, número 0,47% acima da pontuação anterior. As Bolsas asiáticas concluíram os negócios de hoje sem um tendência única, em meio a muitas dúvidas dos investidores sobre a eficácia das medidas já adotadas pelos governos para deter a crise global. A Bolsa de Tóquio fechou em alta de 1,48%, mas a Bolsa de Hong Kong perdeu 0,65%. Na Europa, a Bolsa de Londres retrocede 3,27% enquanto em Frankfurt, a Bolsa local recua 3,85%. Entre as primeiras notícias do dia, o governo americano informou que a economia do país sofreu uma contração de 6,4% no último trimestre do ano passado, número que deve ser revisto ainda mais uma vez em março. O encolhimento do Produto Interno Bruto (PIB) é ainda pior que do muitos economistas do setor financeiro esperavam - a projeção de consenso era um decréscimo de 5,4%. Outra notícia bastante negativa, com força para influenciar o rumo dos negócios, é o aumento da participação do governo no Citigroup, anunciado hoje pelo grupo financeiro. Muitos participantes do setor financeiro temem uma "estatização" dos grandes bancos como a saída governamental para enfrentar a crise. Analistas temem que uma maior intervenção do governo nos bancos resulte em restrições ainda maiores à distribuição de resultados das instituições financeiras. Poucas horas antes o mercado ainda recebeu outra notícia bastante ruim: a queda recorde na produção industrial japonesa de 10% em janeiro. Nem o noticiário doméstico ajuda a animar os investidores: a FGV detectou que o nível de confiança do consumidor brasileiro na economia do país retraiu para seu menor nível desde 2005.

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