Economia

2009 será ano "difícil", mas não "catastrófico" para a Rússia, diz Putin

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postado em 27/02/2009 13:55
O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (27/02) que 2009 será um ano "difícil" para o país, mas que não acontecerá uma catástrofe. "[Este ano] será difícil, mas não acontecerá nenhuma catástrofe. Estamos em condições de controlar a situação e a controlaremos", declarou Putin, segundo a agência de notícias Itar-Tass, em reunião com a liderança do partido governista Rússia Unida, em sua residência de Novo-Ogaryovo - perto de Moscou (capital russa). "Seguimos os processos na economia mundial. Dependemos dela e nos vemos obrigados a constatar que a crise está longe de terminar e inclusive não chegou a seu pior momento", advertiu. Segundo o primeiro-ministro russo, as medidas de combate à crise adotadas pelos países desenvolvidos "ainda não dão resultados visíveis", o que fez com que o estado de crise "possa se manter por um tempo suficientemente longo". Putin declarou que em março o Parlamento estudará uma revisão dos orçamentos para este ano, mas que não estão nos planos do governo uma redução geral dos gastos - estes podem inclusive subir um pouco. Além disso, Putin declarou que não serão limitadas as formas legais de protesto como consequência da crise econômica. "Até este momento nossas forças políticas legais atuaram com grande responsabilidade. Espero que continuem fazendo isto no futuro. Não podemos nem devemos limitar, e não o faremos, as formas legais de protesto", declarou Putin, citado pela agência oficial RIA Novosti. Inclusive em condições de prosperidade econômica e social, há pessoas que destacam os erros das autoridades, declarou o primeiro-ministro. "Aí está a essência da democracia. [O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Winston] Churchill dizia que a democracia é a pior forma de governo, mas que não há melhores. Estou de acordo com ele", declarou. Segundo Putin, em condições de crise aumenta o desejo de protestar, há mais motivos para criticar as autoridades. "Em termos gerais não é negativo caso seja feito de acordo com a legislação vigente. Os que se saem deste âmbito perseguem interesses mesquinhos. Não podemos permitir fatos como os que ocorrem em outros países", concluiu, em alusão às manifestações violentas em alguns países europeus.

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