Economia

Ações da Vale ajudam Bovespa a fechar em alta levíssima, de 0,01%

;

postado em 27/02/2009 19:10
As ações da Vale do Rio Doce ajudaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a encerrar praticamente estável o último pregão do mês, num dia marcado pela contração histórica do PIB americano e os desdobramentos do caso Citigroup. O câmbio refletiu o ambiente nervoso do mercado financeiro e bateu R$ 2,37. %No mês, a bolsa acumula desvalorização de 2,84% enquanto o preço da moeda americana subiu 2,24% no mesmo período. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, teve leve alta de 0,01%, aos 38.183 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,81 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York recuou 1,66%. A ação preferencial da Vale, com volume de R$ 455 milhões, teve alta de 1,01%; a ação da Petrobras, com giro de R$ 756 milhões, perdeu 0,45%. O dólar comercial foi cotado por R$ 2,370 para venda, o que representa uma alta de 1,02%. A taxa de risco-país marca 414 pontos, número 0,71% abaixo da pontuação anterior. "O mercado ainda está muito preocupado com o setor bancário mundial, que ainda está muito fragilizado. E teme que, se a situação da Citigroup piorar, possa ocorrer "um efeito cascata´. Por outro lado, a nossa situação está muito melhor do que nos Estados Unidos, os nossos bancos estão bem e não tiveram esses problemas", comenta José Carlos Oliveira, da mesa de operações da corretora Senso. "A questão é que a situação ainda está muito incerta", acrescenta, ressaltando que muitos clientes somente preferem voltar ao mercado com um cenário um pouco mais definido. Entre as principais notícias do dia, o governo americano informou que a economia do país sofreu uma retração de 6,2% no último trimestre do ano passado, número que deve ser revisto ainda mais uma vez em março. O encolhimento do PIB (Produto Interno Bruto) é ainda pior que do muitos economistas do setor financeiro esperavam --a projeção de consenso era um decréscimo de 5,4%. O mercado também não gostou do aumento da participação do governo americano no Citigroup, anunciado hoje pelo grupo financeiro. Muitos participantes do setor financeiro temem que a "estatização" dos grandes bancos surja como a saída da Casa Branca para enfrentar a crise. Fora dos EUA, as notícias não foram melhores: o governo japonês informou uma queda recorde na produção industrial de 10% em janeiro. No front doméstico, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) detectou que o nível de confiança do consumidor brasileiro na economia do país retraiu para seu menor nível desde 2005. Empresas O grupo bancário britânico Lloyds anunciou lucro líquido de 819 milhões de libras (US$ 1,162 bilhão) em 2008, uma queda de 75% frente ao ano anterior. Já o fabricante norte-americano de computadores Dell registrou uma queda de 16% em seu lucro líquido anual, que foi de US$ 2,48 bilhões, em 2008. No Brasil, a Tim Participações apresentou resultados bem mais positivos: o lucro da empresa ficou em em R$ 180 milhões, contra R$ 68 milhões em 2007, crescimento de 163,8%. As ações preferenciais caíram 3,45% na jornada de hoje. A Justiça trabalhista concedeu uma liminar que suspendeu as 4,2 mil demissões anunciadas na semana passada pela fabricante de aviões Embraer. A empresa ainda não se pronunciou sobre a decisão. As ações ordinárias retraíram 2,08% no pregão desta sexta-feira.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação