Economia

Bolsas caem em NY com perdas da AIG; Dow Jones cai ao menor nível desde 1997

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postado em 02/03/2009 12:36
As Bolsas americanas operam em baixa nesta segunda-feira (2/03). Os dados negativos da seguradora AIG (American International Group) tanto no trimestre passado - prejuízo de US$ 61,7 bilhões - quanto no ano como um todo - prejuízo de quase US$ 100 bilhões - prejudicaram a confiança dos investidores. O índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês), caiu abaixo dos 7 mil pontos pela primeira vez desde outubro de 1997. A alta nos gastos do consumidor americano não bastou para desfazer a sensação nos mercados financeiros de que a economia global está longe da recuperação. Às 11h49 (em Brasília), a Nyse estava em baixa de 1,60%, com o DJIA caindo para 6.949,83 pontos. O índice já perdeu mais de 50% desde outubro de 2007, quando chegou a passar de 14 mil pontos. O índice S 500, também da Nyse, caía 1,64%, para 723,01 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em baixa de 0,70%, indo para 1.368,25 pontos. O governo dos EUA ofereceu um novo pacote de ajuda à AIG no valor de US$ 30 bilhões. A AIG já havia recebido US$ 150 bilhões do governo e vinha tentando vender algumas de suas operações para pagar o primeiro pacote de ajuda, mas não obteve sucesso. O pacote de US$ 30 bilhões ficará à disposição da seguradora para o caso de ter necessidade do dinheiro. Em uma entrevista de hoje à rede americana de TV NBC, o executivo-chefe da empresa, Edward Liddy, disse que a empresa vai conseguir devolver o dinheiro ao Federal Reserve (Fed, o BC americano). "Os novos US$ 30 bilhões são uma linha de prontidão. Não é algo que necessariamente tenhamos de sacar agora", disse. Sob o novo pacote, o Fed passaria a ter participação em duas unidades internacionais da seguradora. Ao invés de pagar US$ 38 bilhões, entre principal e juros, já usados da ajuda concedida à empresa, a AIG vai pagar o empréstimo com uma participação na American International Assurance, na Ásia, e na American Life Insurance, que opera em 50 países. Outra má notícia do setor bancário foi a queda de 70% do lucro líquido do banco britânico HSBC em 2008, para US$ 5,728 bilhões. O banco anunciou ainda o fechamento da maioria das agências de crédito ao consumidor HFC e Beneficial nos Estados Unidos, o que representará a demissão de 6.100 trabalhadores no país. Segundo o diário financeiro britânico "Financial Times" ("FT"), o banco vai fechar ainda 800 agências. Os bancos britânicos já haviam recebido dois golpes de más notícias na semana passada: o grupo bancário britânico Lloyds apresentou na sexta-feira (27) um lucro de 819 milhões de libras (US$ 1,162 bilhão) em 2008, uma queda de 75% frente ao ano anterior. Um dia antes o Royal Bank of Scotland (RBS) apresentou um prejuízo de 24,137 bilhões de libras (cerca de US$ 34,4 bilhões) referente a 2008, o maior da história empresarial britânica.

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