Economia

Petróleo afunda 10% com resultado da AIG

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postado em 02/03/2009 17:56
O preço do petróleo no mercado americano fechou com forte recuo nesta segunda-feira (2/03), na esteira das más notícias no setor financeiro dos Estados Unidos - o principal consumidor mundial da commodity. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o barril de petróleo bruto tipo WTI para entrega em abril recuou 10,3%, para US$ 40,15. Os prejuízos recorde da seguradora American International Group (AIG) - US$ 61,7 bilhões no quarto trimestre e quase US$ 100 bilhões em 2008 - foi o principal motivo do pessimismo. "Por piores que as coisas estejam, elas podem ficar piores. Bem piores", disse à agência de notícias Associated Press o estrategista Bill Strazzullo, da Bell Curve Trading. As ações da AIG chegaram a subir 14,5% depois que o governo ofereceu um novo pacote de ajuda à AIG no valor de US$ 30 bilhões. A AIG já havia recebido US$ 150 bilhões do governo e vinha tentando vender algumas de suas operações para pagar o primeiro pacote de ajuda, mas não obteve sucesso. Sob o novo pacote, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) passaria a ter participação em duas unidades internacionais da seguradora. Ao invés de pagar US$ 38 bilhões, entre principal e juros, já usados da ajuda concedida à empresa, a AIG vai pagar o empréstimo com uma participação na American International Assurance, na Ásia, e na American Life Insurance, que opera em 50 países. Michael Lynch, presidente da Strategic Energy & Economic Research, disse que a sequência de más notícias manterá a pressão baixista sobre o mercado de petróleo. "As pessoas estão observando os sinais de queda de demanda, que os fazem pensar que vamos precisar de outra rodada de cortes da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo)", disse Lynch. A Opep já cortou mais de 4 milhões de barris por dia de produção diária desde o agravamento da crise, de acordo com a maioria das estimativas. Por enquanto a entidade não pretende decidir por novos cortes em sua próxima reunião, marcada para 15 de março.

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