Economia

Setor de serviços da zona do euro atinge nível baixo recorde em fevereiro

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postado em 04/03/2009 09:26
O setor de serviços da zona do euro caiu a um nível baixo recorde em fevereiro, para 39,2 pontos, contra 42,2 em janeiro, informou nesta quarta-feira (4/03) a empresa de pesquisas Markit. O índice ficou acima das expectativas dos analistas, de uma queda para 38,9 pontos, mas continua abaixo do nível de 50 pontos, que marca o limite entre expansão e contração da economia. Os piores resultados foram verificados na Alemanha, França, Itália e Espanha. O índice composto de atividade nos setores de serviços e manufatureiro também atingiu um nível baixo recorde, de 36,2 pontos, no mês passado, na comparação com os 38,3 de janeiro. O indicador referente ao nível de emprego no setor de serviços caiu para 40,8 pontos, outro recorde de baixa, devido aos cortes de empregos na zona do euro. A taxa de desemprego na zona do euro como um todo chegou a 8,2% da população ativa em janeiro. Na União Europeia (UE) como um todo, a taxa ficou em 7,6%. Nos dois casos, o avanço em relação a dezembro foi de 0,1 ponto percentual. Nos últimos 12 meses, o desemprego passou de 7,3% para 8,2% nos países da moeda única e de 6,8% para 7,6% no conjunto do bloco. Os dados são da Eurostat, a agência europeia de estatísticas. A agência já informou, no último dia 13, que a economia da zona do euro teve uma queda recorde no quarto trimestre, de 1,5%, o que confirma que o bloco dos países que utilizam a moeda comum entrou em recessão. Na União Europeia (UE) como um todo também houve uma queda de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), lançando essa região em recessão. No acumulado de 2008, a economia da UE conseguiu registrar um pequeno avanço de 0,9%; na zona do euro, o crescimento de 2008 como um todo foi de 0,7%. Na semana, a economia da zona do euro teve ligeiro avanço em janeiro, segundo o centro privado de análise econômica Conference Board, que estima que o mês passado pode ter sido um ponto positivo em meio ao quadro de recessão, mas adverte que a recuperação ainda levará tempo. "Certamente é muito cedo para dizer se a recessão atingiu um limite. Vamos ver outra queda acentuada no PIB [Produto Interno Bruto] neste trimestre", disse à agência de notícias Reuters o analista Ben May, da Capital Economics.

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