Economia

Dólar cai 1,70% e fecha cotado a R$ 2,370

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postado em 04/03/2009 17:01
O dólar comercial foi negociado por R$ 2,370 nas últimas operações registradas nesta quarta-feira (4/03), valor 1,70% abaixo da cotação de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,500, em declínio de 2,72%. Os mercados tiveram um dia de trégua na crise, em meio a expectativas sobre a recuperação da economia chinesa, a terceira maior do planeta. Os preços internacionais das commodities (matérias-primas) subiram com força, o que ajuda na valorização da moeda brasileira frente ao dólar. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 2,408 e R$ 2,369. O governo chinês deve anunciar nesta semana um pacote de medidas possivelmente amanhã. "Vai ser a partir de amanhã que nós devemos ter uma definição, de verdade, da tendência do mercado", comenta Paulo Prestes, operador da corretora gaúcha Exim. Mas mesmo com o relativo otimismo sobre o pacote asiático, o profissional não descarta um novo repique das cotações ainda nesta semana: "a economia americana está muito ruim", resume. O Banco Central divulgou que a entrada de dólares no país superou a saída pela primeira vez em cinco meses: o fluxo ficou positivo em US$ 841 milhões em fevereiro. Neste mês, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registrou saldo também positivo de investimentos estrangeiros - de R$ 544,1 milhões, após oito meses de retiradas (vendas de ações maiores que compras). Para especialistas do mercado, os números acima, junto com as reservas de US$ 200 bilhões, são uma "prova" da tranquilidade do câmbio. Para esses profissionais, a alta recente das taxas foi em boa parte especulação de agentes financeiros (principalmente, estrangeiros), que detém investimentos na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM) e ganham com a desvalorização do real. Juros futuros O mercado futuro de juros, que serve de referência para as tesourarias dos bancos, puxou mais uma vez as taxas projetadas para 2010 e 2011, mas rebaixou os juros previstos para 2009. Há poucos dias da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado começa a formar consenso de que, desta vez, a taxa básica deve ser ajustada de 12,75% ao ano para 11,75%. No contrato com vencimento em abril de 2009, a taxa projetada cedeu de 11,93% ao ano para 11,89%; no vencimento de janeiro de 2010, a taxa projetada passou de 10,67% para 10,68%; no contrato com o vencimento de janeiro de 2011, a taxa prevista avançou de 10,97% para 11,07%.

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