Economia

Lucro da AmBev cai 14,8% no quarto trimestre

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postado em 05/03/2009 09:20
O lucro líquido da fabricante de bebidas AmBev teve uma queda de 14,8% no quarto trimestre de 2008, ficando em R$ 964,5 milhões, contra R$ 1,132 bilhão no mesmo trimestre de 2007. Em 2008 como um todo, o lucro ficou em R$ 3,059 bilhões, um aumento de 8,6% na comparação com 2007. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa alcançou R$ 2,920 bilhões no trimestre passado, uma queda orgânica de 0,8%. A receita da empresa cresceu 6,5%, refletindo aumentos de preços, segundo a empresa, ficando em R$ 5,826 bilhões, contra R$ 6,502 bilhões um ano antes. A participação de mercado no Brasil no trimestre foi de 17,8% para refrigerantes (60 pontos-base acima de 2007) e 67,5% para cerveja (100 pontos-base abaixo de 2007). O custo dos produtos vendidos por hectolitro (100 litros) aumentou 9,7% no trimestre devido a efeitos da inflação e ao aumento nos preços das commodities, principalmente na Quinsa e na Labatt, segundo a empresa. "Esses aumentos foram parcialmente compensados por ganhos já esperados dos nossos contratos para açúcar e de câmbio", informou a Ambev, em comunicado. Demissões Na sexta-feira (27/02), a AmBev anunciou que irá encerrar as atividades da sua unidade em Mogi Mirim (162 km de São Paulo), o que acarretará na demissão de 146 funcionários. Segundo a empresa, a capacidade de produção de cervejas será direcionada para outras três unidades no interior de São Paulo, localizadas nas cidades de Jacareí, Guarulhos e Jaguariúna. A fábrica em Mogi Mirim possuía 166 funcionários. Os 20 que não foram demitidos serão transferidos para as outras unidades no Estado de São Paulo. A empresa informou que os funcionários que perderam o emprego manterão o plano de saúde por cinco meses e poderão ser recontratados no segundo semestre, quando começa a produção para o próximo verão. Em comunicado, a AmBev justificou a atitude com uma adaptação à "curva sazonal do mercado de cervejas" - as vendas tradicionalmente recuam com o término do verão - e com as "expectativas de crescimento do mercado para o ano", que devem desacelerar como resultado da crise.

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