Economia

Bovespa perde 0,93%; dólar sobe 0,97%, a R$ 2,393

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postado em 05/03/2009 11:54
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sofre perdas desde os primeiros negócios desta quinta-feira (5/03). Analistas esperam um dia de revisão da "euforia" de ontem com a China, sob expectativa de uma injeção maciça de recursos oficiais na terceira maior economia do planeta. O governo chinês somente confirmou os valores já anunciados em novembro (cerca de US$ 585 bilhões), sem adicionar dinheiro novo. O câmbio marca R$ 2,39. Ontem à noite, o premier chinês Wen Jiabao somente reforçou a intenção de fazer com que a economia nacional cresça 8% neste ano. Investidores contavam que o pacote anticrise da China poderia atingir a casa do US$ 1 trilhão, o que não foi mencioniado por Jiabao. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, cede 0,93%, recuando para os 38.043 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em forte alta de 5,31%. O dólar comercial é vendido por R$ 2,393, o que representa um avanço de 0,97%. A taxa de risco-país marca 448 pontos, número 3,94% acima da pontuação anterior. As Bolsas asiáticas tiveram uma reação bastante moderada ao pacote chinês, com exceção de Tóquio, onde o indice Nikkei subiu 1,95%. Em outras praças, as ações chegaram a cair, a exemplo de Hong Kong (baixa de 0,97%) e Seul (retração de 0,10%). Na Europa, a Bolsa de Londres perde 2,78% enquanto em Frankfurt a Bolsa retrai 3,36%. Entre as primeiras notícias do dia, o BCE (Banco Central Europeu) decidiu pela redução da taxa básica de juros vigente na zona do euro de 2% ao ano para 1,5%, como esperado por boa parte dos economistas do setor financeiro. O Departamento de Trabalho dos EUA informou que o total de solicitações de seguro-desemprego caiu para 639 mil. Analistas esperavam uma cifra maior maior, na casa dos 650 mil pedidos. Investidores estão bastante sensíveis aos números do mercado de trabalho americano, já que amanhã saem os números oficiais sobre a criação de vagas e taxa de desemprego em fevereiro. Muitos temem números desastrosos, que revelem um quadro ainda pior da economia dos EUA. Empresas A gigante brasileira do setor petroquímico Braskem divulgou prejuízo líquido de R$ 2,492 bilhões em 2008 ante lucros de R$ 642 milhões no exercício anterior. A empresa foi fortemente afetada pela oscilação brusca do dólar no último trimestre do ano passado. A fabricante de bebidas Ambev apurou lucro líquido de R$ 3,05 bilhões no ano passado, ante ganhos de R$ 2,816 bilhões no balanço de 2007, em um incremento de 8,6%. A Usiminas anunciou a suspensão por 90 dias da produção de um alto-forno na Cosipa em Cubatão (SP), para adequar o nível de atividade da companhia à demanda do mercado siderúrgico.

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