Economia

Lula diz que demitir trabalhadores por causa da crise é punição injusta

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postado em 05/03/2009 12:16
Na presença de empresários dos mais diversos setores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (5/03) que o trabalhador não pode ser punido, perdendo seus postos de trabalho, por causa dos impactos da crise financeira internacional. Segundo ele, a crise gerada "no coração" dos países ricos deve ter uma solução negociada das iniciativas pública e privada que devem ter "ousadia" e "coragem". "Essa crise nós vamos vencer com coragem e ousadia diferentemente de outras crises [financeiras]", afirmou ele durante seminário organizado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), órgão consultivo da Presidência da República Dirigindo-se aos empresários presentes no evento, o presidente lembrou que a tendência mundial de ampliar as demissões como consequência dos impactos causados pela crise não deve ser tomada como referência no Brasil. "Não me peçam para fazer o trabalhador pagar por essa crise", disse ele. Ontem, Lula afirmou aos sindicalistas ligados à Embraer que entraria em contato com a direção da empresa para apelar contra a demissão de cerca de 4.200 funcionários, dispensados sob a alegação dos impactos gerados pela crise. Lula leu um longo discurso que tratou basicamente sobre os efeitos da crise financeira internacional e as iniciativas que devem ser tomadas para contê-los. Ao final, improvisou por cerca de dez minutos. Humor Bem-humorado, o presidente brincou com a falta de iluminação no local do evento, e com a quantidade de papéis que compunham seu discurso. "Não se assustem pelo volume [sobre a quantidade de papéis para o discurso] é que as letras são grandes", afirmou o presidente. "[Agora] precisava ter colocado uma luzinha aqui porque está parecendo uma boite. [risos]." Alvo de brincadeiras por causa dos discursos improvisados que costuma fazer, o presidente afirmou que não improvisaria, quebrando a promessa logo em seguida. "A fórmula mais econômica para fazer é um discurso, se eu for fazer de improviso vocês vão pedir para eu parar de ler", disse.

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