Economia

EUA buscam solução razoável para crise da GM, diz Tesouro

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postado em 05/03/2009 16:20
O Departamento do Tesouro dos EUA informou nesta quinta-feira que busca "uma solução mais razoável possível para a situação" da montadora General Motors (GM). O comentário do Tesouro chega depois de a GM ter encaminhado à Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado financeiro americano) um relatório que diz que a empresa pode ter de recorrer ao "Chapter 11", o capítulo da legislação americana que regulamenta falências e concordatas. "O governo está consciente dos desafios a enfrentar no setor automotivo", disse o porta-voz do Tesouro, Isaac Baker. No relatório encaminhado à SEC, a GM informa que seus auditores levantaram "dúvidas substanciais" sobre a capacidade da empresa de continuar suas operações. "As perdas recorrentes da corporação com operações, déficits dos acionistas e a incapacidade de gerar fluxo suficiente de caixa para cumprir suas obrigações e sustentar suas operações levanta uma dúvida substancial quanto a sua capacidade de continuar", diz o relatório preparado pela empresa Deloitte & Touche. A empresa informou no relatório que seu futuro depende da execução bem-sucedida do plano de recuperação. "Se falharmos por alguma razão, não seremos capazes de continuar e poderíamos ser forçados a buscar ajuda através da Legislação de Falências e Concordatas dos EUA", diz o documento. Vendas A GM depende muito do volume de vendas de automóveis, que diminuiu rapidamente no ano passado. "Não há nenhuma garantia de que o mercado automobilístico global vá se recuperar nem que não sofrerá um novo declínio significativo", informou a empresa no relatório. Nesta semana, a GM apresentou uma queda de 52,9% das vendas nos EUA em fevereiro, com 127.296 unidades ante 270.423 em fevereiro do ano passado. A venda de caminhonetes sofreu mais, com perda de 55%, enquanto a de veículos leves recuou 50%. A GM já apresentou seu plano de reestruturação ao Congresso americano, como contrapartida pela ajuda oferecida pelo governo em dezembro do ano passado, também estendida à Chrysler. A empresa solicitou uma quantia suplementar --até US$ 16,6 bilhões, além dos US$ 13,4 bilhões já obtidos.

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