Economia

Bolsas dos EUA caem cerca de 4% com temores sobre GM e bancos

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postado em 05/03/2009 19:35
As Bolsas americanas voltaram a fechar em forte baixa nesta quinta-feira (5/03), com os investidores temerosos em relação ao sistema financeiro e à fabricante de veículos norte-americana General Motors (GM). O pacote de estímulo econômico anunciado pelo governo da China também frustrou operadores e analistas. A Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) fechou em baixa de 4,09%, indo para 6.594,44 pontos no índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), enquanto o S 500 caiu 4,25%, aos 682,55 pontos. A Bolsa Nasdaq registrou queda de 4%, 1.299,59 aos pontos. Durante a sessão desta quinta-feira, os papéis do Citigroup eram os protagonistas do Dow Jones, ao serem negociados pela primeira vez abaixo de US$ 1. As ações do banco sofrem com a falta de interesse, desde o último resgate público efetuado pelo governo norte-americano, que diluiu a participação de seus acionistas. Por fim, os títulos encerram a sessão negociados a US$ 1,02, em baixa de 9,7%. Outras empresas do setor financeiro também sofreram fortes perdas hoje, como o Bank of America (-11,7%), Wells Fargo (-15,9%), JPMorgan (-10,5%) e AIG (-18,6%). No setor automotivo, auditores que avaliam a situação da GM levantaram "dúvidas substanciais" sobre a capacidade da empresa de continuar suas operações e disseram que a empresa pode ter de recorrer à proteção do "Chapter 11", o capítulo da legislação americana que regulamenta falências e concordatas. A análise foi encaminhada à Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado financeiro americano) e divulgada hoje. As ações da montadora, que já estavam nos menores níveis em décadas, fecharam cotadas a US$ 1,86, com queda de 15,45%. Também hoje, o premiê chinês, Wen Jiabao, disse que com o pacote de 4 trilhões de yuans (US$ 585 bilhões) a China "poderá manter o crescimento econômico em torno de 8%" em 2009. A expectativa, no entanto, era de que ele anunciasse um aumento no valor do pacote, para até 10 trilhões de yuans (US$ 1,5 trilhão), mas Jiabao não fez qualquer menção a essa possibilidade. A expectativa de um pacote substancial de estímulo econômico na China impulsionou as altas nas Bolsas em todo o mundo ontem - inclusive em Nova York, onde o Dow Jones avançou 2,23%. As notícias da China e da GM também pressionaram a cotação do petróleo, que caiu 3,9% na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), para US$ 43,61. O Departamento do Trabalho também informou hoje que o número de pedidos de seguro-desemprego caiu em 31 mil na semana encerrada no último dia 28, ficando em 639 mil. O número de pessoas recebendo o benefício há pelo menos duas semanas, por sua vez, teve ligeiro recuo, mas continua acima de 5 milhões, o maior patamar desde o início das pesquisas, em 1967. A expectativa maior dos investidores, no entanto, está na divulgação, nesta sexta-feira (6), dos números do mercado de trabalho referentes a fevereiro. A expectativa dos analistas é de que tenham sido fechadas no mês passado 640 mil vagas e que a taxa de desemprego tenha ficado em 7,9%, contra 7,6% em janeiro. Por outro lado, o Departamento de Comércio informou que os pedidos para as indústrias americanas tiveram recuo de 1,9% em janeiro. Foi o sexto mês seguido de perdas - é a primeira vez desde o início da série histórica, em 1992, que isso ocorre. Porém, a queda foi bem menor do que a esperada pelos analistas de mercado (3,5%).

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