postado em 06/03/2009 08:33
O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, quer um acordo internacional sobre pagamentos e gratificações recebidas por banqueiros, o que ele gostaria de ver aprovado na cúpula do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países mais ricos e os principais emergentes), em 2 de abril, em Londres.
A medida faria parte do "novo acordo global" proposto pelo líder trabalhista para fazer frente à crise financeira internacional.
A proposta, que Brown fará nesta sexta-feira (6/03) em discurso durante a conferência do Partido Nacionalista escocês em Dundee, foi antecipada pela rede britânica de TV BBC. É a primeira vez que Brown, que defende a adoção de medidas em escala global para enfrentar a crise, propõe um acordo sobre os pagamentos dos banqueiros.
Para Brown, a remuneração dos banqueiros se baseou até agora em objetivos a curto prazo, ao invés de no interesse a longo prazo dos clientes e dos próprios bancos.
Brown prometeu recentemente estudar todas as medidas legais para recuperar parte das altas pensões recebidas pelos banqueiros, e considerou estas práticas "inaceitáveis", em discurso em uma reunião do partido Trabalhista em Bristol, oeste da Inglaterra.
O premiê britânico disse que seu governo está decidido a examinar "todas as medidas legais necessárias", em uma clara referência à pensão de Fred Goodwin, o ex-diretor-executivo do RBS (Royal Bank of Scotland), que deixou a instituição com uma pensão anual vitalícia de 693 mil libras (aproximadamente US$ 986 mil).
"Algumas das práticas que descobrimos agora em nossos bancos são inaceitáveis, não podem ser defendidas", disse. "Muitos dos executivos que levaram os bancos a esta confusão já deixaram seus trabalhos, as juntas dos bancos que fracassaram se foram (...) e agora estamos explorando todas as ações legais necessárias para recuperar os pagamentos de pensões de gente que recebeu muito dinheiro."