postado em 06/03/2009 11:42
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra ganhos desde os primeiros negócios desta sexta-feira (6/03). Após a frustração com o pacote chinês ontem, o mercado avalia os números sobre o desemprego nos EUA, os indicadores mais importantes desta semana. O câmbio marca R$ 2,371.
O Departamento de Trabalho dos EUA revelou que houve uma perda de 651 mil postos de trabalho em fevereiro. A taxa de desemprego atingiu 8,1% no mesmo período. Os números são pouco piores do que as previsões dos economistas do setor financeiro, que estimavam o fechamento de 650 mil vagas e uma taxa de desemprego entre 7,9% e 8%.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, ganha 0,89% e bate os 37.416 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em queda de 2,69%.
O dólar comercial é vendido por R$ 2,371, com recuo de 0,46% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 459 pontos, número 0,65% acima da pontuação anterior.
As Bolsas asiáticas concluíram os negócios de hoje refletindo o pessimismo que tomou conta dos mercados na jornada de ontem, principalmente com a situação complicada da General Motors. Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 3,5%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 2,37%. Nos EUA, a Bolsa de Londres sobe 0,66% enquanto o mercado de Frankfurt valoriza 0,67%.
Entre as primeiras notícias do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial brasileira teve alta de 2,3% em janeiro, após três meses de contração. Economistas de bancos comentaram, no entanto, que a recuperação ficou abaixo do esperado e reforça as expectativas de que o Copom (Comitê de Política Monetária) deve reduzir a taxa básica de juros do país (12,75% ao ano) na reunião marcada para a semana que vem.
Nos EUA, analistas ressaltaram que investidores já estavam preparados para números bastante ruins sobre o mercado de trabalho. Na quarta-feira, a consultoria de recursos humanos ADP Employer Services publicou uma estimativa de fechamento de 697 mil empregos em fevereiro no setor privado.