postado em 06/03/2009 15:38
Os dados sobre o mercado de trabalho divulgados nesta sexta-feira (6/03) nos Estados Unidos mostram que o país está em um "ciclo destrutivo" de perdas de empregos e o governo fará "tudo o que for necessário" para interrompê-lo, disse nesta a secretária americana do Trabalho, Hilda Solis.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse hoje, por sua vez, que não aceitará um futuro de perdas de empregos para o país. "Nesta manhã soubemos que perdemos outros 651 mil postos de trabalho em todo o país, só no mês de fevereiro. Isso leva a um total assustador de 4,4 milhões de empregos perdidos durante a recessão", destacou o presidente, em um evento hoje na cidade de Columbus (Ohio).
"Temos a responsabilidade de agir e isso é o que pretendo fazer como presidente dos Estados Unidos", afirmou.
O Departamento do Trabalho informou hoje que a economia norte-americana eliminou 651 mil empregos em fevereiro, e a taxa de desemprego no país chegou a 8,1%, a maior desde dezembro de 1983. Nos últimos quatro meses, os EUA perderam cerca de 2,6 milhões de empregos. Desde o início da recessão, em dezembro de 2007, cerca de 4,4 milhões de postos de trabalho foram fechados nos EUA.
Além disso, os dados referentes a dezembro e janeiro foram revistos: em dezembro, a leitura original de perda de 577 mil empregos ficou pior, mostrando uma perda de 681 mil vagas; em janeiro o dado também ficou pior: a estimativa original, de queda de 598 mil empregos, foi aprofundada para uma perda de 655 mil vagas.
"Esses dados não representam apenas estatísticas abstratas. Mais que isso, eles ilustram os esforços de milhões de americanos que não sabem como vão sustentar suas família, ou pagar suas contas e hipotecas", diz a nota do departamento. "Eles são o foco central das políticas econômicas do governo e o motivo de estarmos nos movendo com agilidade e agressivamente para estimular a criação de empregos e o crescimento de nossa economia." O número de desempregados nos EUA aumentou para 12,5 milhões no mês passado. Nos 12 meses até fevereiro, o contingente de desempregados cresceu em cerca de 5 milhões de pessoas, e a taxa de desemprego subiu 3,3 pontos percentuais no mesmo período.
Entre os desempregados, o número de pessoas sem trabalho há pelo menos 27 semanas cresceu em 270 mil, para 2,9 milhões, no mês passado. O número de desempregados por esse período, nos 12 meses até fevereiro, cresceu em 1,6 milhão.