Economia

Bolsas europeias fecham em baixa com perda de emprego nos EUA

;

postado em 06/03/2009 16:03
As bolsas europeias fecharam em baixa nesta sexta-feira (6/03). Os dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, divulgados hoje, não apontam para uma recuperação no curto prazo. Mesmo assim, as perdas não foram tão acentuadas quanto o esperado, uma vez que os dados de fevereiro - eliminação de 651 mil empregos e taxa de desemprego em 8,1% - não ficaram muito distantes do esperado pelos analistas. A Bolsa de Paris caiu 1,37% no índice CAC 40, indo para 2.534,45 pontos; a Bolsa de Frankfurt teve baixa de 0,79% no índice DAX, indo para 3.666,41 pontos; a Bolsa de Milão registrou baixa de 3,87% no índice MIBTel, fechando com 10.740 pontos; a Bolsa de Amsterdã caiu 0,54% no índice AEX General, que ficou com 199,50 pontos; e a Bolsa de Zurique perdeu 1,79%, fechando com 4.311,61 pontos no índice Swiss Market. A exceção foi a Bolsa de Londres, que fechou com ligeira variação positiva de 0,02% no índice FTSE 100, indo para 3.530,73 pontos. Maior índice desde 1983 O desemprego nos EUA chegou a 8,1%, a maior desde dezembro de 1983. Nos últimos quatro meses, os EUA perderam cerca de 2,6 milhões de empregos. Desde o início da recessão, em dezembro de 2007, cerca de 4,4 milhões de postos de trabalho foram fechados nos EUA. Os dados que o país está em um "ciclo destrutivo" de perdas de empregos e o governo fará "tudo o que for necessário" para interrompê-lo, disse nesta sexta-feira a secretária americana do Trabalho, Hilda Solis. A assessora econômica do presidente Obama, Christina Romer, por sua vez, disse que os dados sobre o mercado de trabalho são "horríveis" e "não há maneira possível de ver nisso algo positivo". A expectativa dos analistas era de uma perda de 640 mil postos de trabalho no país no mês passado, com uma taxa de desemprego de 7,9%. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse hoje, por sua vez, que não aceitará um futuro de perdas de empregos para o país. "Nesta manhã soubemos que perdemos outros 651 mil postos de trabalho em todo o país, só no mês de fevereiro. Isso leva a um total assustador de 4,4 milhões de empregos perdidos durante a recessão", destacou o presidente, em um evento hoje na cidade de Columbus (Ohio). 'Mais pessimistas' "Houve um certo alívio ao se ver que as expectativas econômicas mais pessimistas não se concretizaram", disse o estrategista David Jones, da consultoria IG Index - que acrescentou que não há perspectiva de uma recuperação para os mercados financeiros. "Muitos vão com razão ficar aliviados de ver o fim de uma semana agitada, mas os números de hoje sobre o desemprego (nos EUA), o pior em 25 anos, não sugerem que as próximas semanas serão melhores." Hoje o jornal "Financial Times" informou que o Tesouro britânico e o Lloyds Banking Group estão perto de um acordo acordo através do qual o governo garantiria 258 bilhões de libras (281 bilhões de euros) em papéis "podres" (com alto risco de calote) do banco e com o que aumentaria sua participação a 70% na entidade. No mês passado, o grupo bancário britânico registrou lucro de 819 milhões de libras (cerca de US$ 1,16 bilhão) em 2008, uma queda de 75% frente ao ano anterior. Em comunicado enviado à Bolsa de Londres, o banco informou que os resultados correspondem ao grupo Lloyds TSB até 31 de dezembro de 2008, mas o banco passou a funcionar como Lloyds Banking Group após completar a aquisição do HBOS em 16 de janeiro de 2009.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação