postado em 06/03/2009 18:48
A General Motors reiterou nesta sexta-feira que prefere reestruturar-se sem utilizar o capítulo 11 da Lei de Falências americana - o que seria o equivalente à concordata.
As ações da GM chegaram a cair até US$ 1,27 na sessão desta sexta-feira na Bolsa de Nova York, o menor nível em 75 anos, mas se recuperaram um pouco em seguida, para US$ 1,43 (queda de 23,12% sobre o fechamento de ontem).
A afirmação em favor da reestruturação foi feita depois de o jornal Wall Street Journal informar que a ideia de declarar a quebra ganhava terreno entre os dirigentes da fabricante de veículos americana.
"Ao contrário do artigo do Wall Street Journal, a GM não mudou sua posição em relação à lei de falência", informou o construtor em comunicado.
Segundo o comunicado da montadora, "reestruturar nossas atividades sem qualquer procedimento judicial é a melhor solução para a GM e seus acionistas", lembrando que foi somente por "prudência" que "o grupo analisou diversos cenários de quebra".
O grupo recebeu ajuda federal de US$ 13,4 bilhões desde dezembro, diminuindo problemas por falta de dinheiro em caixa.
Dúvidas
Nesta quinta (5/03), auditores que avaliam a situação da GM levantaram "dúvidas substanciais" sobre a capacidade da empresa de continuar suas operações e disseram que a empresa pode ter de recorrer à proteção do "Chapter 11", o capítulo da legislação americana que regulamenta falências e concordatas. A análise foi encaminhada à Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado financeiro americano).
O Departamento do Tesouro dos EUA informou, também ontem, que busca "uma solução mais razoável possível para a situação" da GM. "O governo está consciente dos desafios a enfrentar no setor automotivo", disse o porta-voz do Tesouro, Isaac Baker.