postado em 09/03/2009 09:05
A farmacêutica norte-americana Merck anunciou nesta segunda-feira (9/03) a compra da também norte-americana Schering-Plough, em um acordo de US$ 41,1 bilhões em dinheiro e ações, seis semanas após o grupo farmacêutico norte-americano Pfizer anunciar a aquisição de seu concorrente Wyeth.
Os acionistas da Schering-Plough receberão 0,5767 ação da Merck e US$ 10,50 em dinheiro em troca de cada ação que possuem. Os acionistas da Merck ficarão com 68% da companhia combinada. Aproximadamente 45% do acordo será em dinheiro, com US$ 9,8 bilhões vindo do caixa atual e US$ 8,5 bilhões de um financiamento obtido do banco JPMorgan Chase.
O presidente e executivo-chefe da Merck, Richard T. Clark, comandará a companhia combinada, que manterá o nome Merck. Três membros do conselho da Schering-Plough vão se juntar ao conselho da Merck.
"Estamos criando uma líder forte e global do setor de cuidados com a saúde, formada para o crescimento sustentável e o sucesso", disse Clark. "A companhia combinada vai se beneficiar de operações formidáveis de pesquisa e desenvolvimento, de um portfólio significativamente mais amplo de medicamentos e da presença expandida em mercados internacionais importantes, particularmente emergentes com elevado crescimento."
A Merck disse que seu conselho está "comprometido" em manter o dividendo nos níveis atuais, que é o triplo do pagamento que os acionistas da Schering recebem hoje. Cerca de US$ 3,5 bilhões por ano em economias são esperadas para até depois de 2011. A expectativa é que a Schering aumente "modestamente" os lucros da Merck, excluindo encargos relacionados ao acordo, no primeiro ano após a conclusão da compra, e "significativamente" depois disso.
Fred Hassan assumiu o comando da Schering-Plough há seis anos como presidente e executivo-chefe, em uma época em que a companhia enfrentava problemas operacionais que levaram a uma multa de US$ 500 milhões. Hoje, com a farmacêutica numa posição financeira melhor, a ação está no mesmo nível que estava quando Hassan assumiu o posto, depois de uma queda de 50% nos últimos 18 meses. O comunicado da fusão afirma que Hassan "pretende participar do plano de integração até sua conclusão".