Economia

Juros devem cair 1 ponto percentual nesta semana, diz pesquisa do BC

;

postado em 09/03/2009 09:25
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deve reduzir a taxa básica de juros em mais um ponto percentual nesta semana, em reunião na próxima quarta-feira (11/03). A previsão é dos economistas ouvidos pelo próprio BC na pesquisa semanal Focus. A taxa Selic deve cair dos atuais 12,75% ao ano para 11,75% ao ano. Na última reunião do Copom, em janeiro, o BC cortou a taxa Selic de 13,75% para 12,75% ao ano. Foi o maior corte de juros em cinco anos. Até o final de 2009, a taxa básica de juros deve cair para 10,25% ao ano, de acordo com a pesquisa. A redução dos juros é uma tentativa de frear a desaceleração da economia em 2009. Na pesquisa divulgada nesta segunda-feira (9/03), os economistas reduziram mais uma vez a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no período). A estimativa de crescimento da economia brasileira em 2009 foi reduzida de 1,5% para 1,2%. O número está abaixo dos 3,2% estimados pelo próprio BC e dos 4% previstos no Orçamento deste ano. Para 2010, a previsão é de uma expansão de 3,5%. Inflação Em relação às previsões de inflação, a expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como meta para o BC, caiu de 4,66% para 4,57%. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). A expectativa do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) caiu de 4,50% para 4,16%; o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) passou de 3,99% para 3,79%. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica), de 4,50% para 4,36%. A previsão para o dólar no fim deste ano ficou em R$ 2,30. Para o saldo da balança comercial, a previsão está em US$ 13 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente neste ano se manteve em US$ 25 bilhões. A estimativa de investimentos estrangeiros diretos está em US$ 23 bilhões. A previsão para a relação dívida/PIB, em 36,2%.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação