Economia

Bovespa avança 1,07%; dólar recua 0,71%, a R$ 2,363

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postado em 10/03/2009 10:27
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) inicia os negócios desta terça-feira (10/03) em terreno negativo. Diante do cenário global cada vez mais complexo, analistas ressaltam que a aversão do investidor a riscos deve continuar alta. Hoje, o mercado doméstico deve repercutir o resultado inesperado do PIB brasileiro, que encolheu no quarto trimestre. O câmbio marca R$ 2,363. Analistas do mercado esperam uma retração de 2,3% na comparação do PIB do quarto trimestre com o terceiro, mas o IBGE revelou uma queda de 3,6%. A contração do produto nacional, avaliam analistas, deve reforçar a corrente do mercado que apostava num corte de 1,5 ponto percentual para a taxa Selic (12,75% ao ano), na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa hoje. Desse ponto de vista, a queda mais acentuada do PIB pode ter até um efeito positivo para a Bolsa: configurado o quadro de cortes mais drásticos da taxa Selic, a economia brasileira teria condições de se recuperar mais rápido da crise, na ótica de alguns analistas. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, valoriza 1,07%, aos 37.133 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em queda de 0,98%, pelo terceiro pregão consecutivo. O dólar comercial é vendido por R$ 2,363, o que representa um declínio de 0,71%. A taxa de risco-país marca 443 pontos, número 2,20% abaixo da pontuação anterior. Boa parte das Bolsas asiáticas fecharam em alta, revertendo as fortes quedas de ontem. A exceção foi Tóquio, onde o índice Nikke caiu 0,44%. Na Europa, a Bolsa londrina ganha 1,67%, enquanto o mercado de Frankfurt avança 2,15%. Entre as primeiras notícias do dia, o diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, admitiu hoje que, pela primeira vez em décadas, a economia mundial pode encolher. "A deterioração contínua do contexto financeiro mundial, associado a uma queda da confiança dos lares e dos meios empresariais, sufoca a demanda interna em todo o mundo", afirmou ele. A Fipe-USP registrou inflação de 0,24% no município de São Paulo na primeira quadrissemana de março (30 dias até o dia 7), pela leitura do IPC (Índice de Preços ao Consumidor). O índice havia registrado alta de 0,27% no encerramento de fevereiro e 0,49% na abertura do mesmo mês. O mercado deve continuar a monitorar a situação do setor corporativo nos EUA, onde grandes buscam novas injeções de recursos públicos para continuar operando. Hoje, uma equipe da Casa Branca conclui as visitas programadas na General Motors e Chrylser. O Tesouro dos EUA deve aprovar até o final deste mês os planos de viabilidade das duas empresas, apresentado para em fevereiro, para aprovar novos repasses de fundos federais.

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