Economia

DF: venda de carros sobe 3,7% em fevereiro, enquanto média nacional recua 10%

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postado em 10/03/2009 18:20
A venda de carros zero no Distrito Federal em fevereiro deste ano subiu 3,77%, de 1.354 para 1.405 unidades emplacadas, informou nesta sexta-feira (10/03) o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do DF (Sincodiv). O resultado foi melhor do que o obtido com as vendas em todo o país. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) revelam que a comercialização de veículos novos no Brasil em fevereiro caiu 10,09% em relação ao mesmo mês de 2008. Foram 312.148 unidades contra 347.172. No acumulado dos primeiros dois meses deste ano com relação ao mesmo período de 2008, os concessionários do Distrito Federal venderam 2.859 unidades, contra 2.772, o que significou um crescimento de 3,14%. Com relação a janeiro deste ano, no entanto, quando 1.454 carros novos foram vendidos, Brasília registrou um recuo na comercialização de veículos de 3,37%. O presidente do Sincodiv, Ricardo Lima, atribui as 50 unidades a menos vendidas no segundo mês do ano a fatores sazonais: de acordo com ele, o fato de fevereiro ter menos dias úteis do que os demais meses do ano e ser ;cortado; pelo feriado de carnaval puxa sempre para baixo os resultados do período. Lima afirma, ainda, que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ; medida do governo para ajudar as montadoras a atravessarem a crise - tem ajudado as vendas de veículos no DF a se manterem em um ;bom patamar;. ;A chave para sofrer menos possível os efeitos da crise está na diminuição dos impostos. Até agora, vejo um governo maduro, ciente dos problemas. Mas se a taxa de IPI voltar aos antigos patamares, as empresas do setor terão ainda mais dificuldades para manter empregos e aplicar recursos para o desenvolvimento do setor;, afirma ele. O governo federal ainda não se manifestou sobre uma possível prorrogação do benefício, concedido no ano passado. Ontem, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgou uma queda de faturamento em janeiro de 13,4%, a maior já registrada desde 2003, e projetou um crescimento próximo de zero para o PIB brasileiro. Diante do cenário, a CNI defendeu a manutenção do IPI reduzido por mais um tempo. Hoje, com a divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que o PIB do quarto semestre de 2008 teve a maior retração desde 2003, as pressões por medidas para aceleração econômica são maiores. Copom O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começou hoje reunião para definir o patamar da Selic, taxa básica de juros, e todos os setores da economia pedem um recuo. Analistas preveem uma redução de um ponto percentual. O presidente do Sincodiv diz que o setor tem expectativa de redução ;significativa; na Selic, que está em 11,75%.

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