postado em 10/03/2009 20:56
O resultado do crescimento da economia referente aos últimos meses de 2008, divulgado nesta terça-feira (10/03), mudou projeções para a redução da taxa básica de juros, a Selic. A decisão sobre a nova taxa será divulgada nesta quarta (11/03) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Para o economista-chefe do Santander e ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartzman, a expectativa é de um corte de 1,5 ponto percentual e não mais de um ponto percentual, como vários economistas previam antes.
Um corte maior nos juros é visto pelos economistas como forma de estimular a economia. Além disso, eles vêem com bons olhos o fato da pressão inflacionária ter se reduzido. Schwartzman, no entanto, não descarta que haja algum risco de alta dos preços.
Mesmo assim, segundo ele, promover o corte de juros, agora, com o objetivo de estimular a economia e o crédito, não tem o mesmo efeito que teria se a medida fosse adotada antes da crise. Isso porque há um comprometimento da renda, com aumento do desemprego e piora na inadimplência.
Segundo Schwartzman, depois da divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - que encolheu 3,6% no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior - poderão ser revistas as projeções do BC para a Selic e para o crescimento da economia em 2009.
Essas projeções estão atualmente em 11,25% e 1%, respectivamente. Segundo ele, é possível que o crescimento da economia se mantenha no mesmo nível de 2008 ou mesmo apresente retração. ;Será necessário um crescimento muito forte ao final do ano para conseguir um crescimento positivo;, disse.