postado em 12/03/2009 16:30
O Banco Europeu de Investimentos (EIB, na sigla em inglês) aprovou nesta quinta-feira a liberação de 3 bilhões de euros (US$ 3,84 bilhões) para o setor automotivo europeu. Os recursos devem seguir para empresas na Itália, Alemanha, França e Suécia.
O banco informou que emprestou 400 milhões de euros (US$ 512,8 milhões) para as fabricantes de caminhões Volvo e Scania e outros 200 milhões de euros (US$ 256,4 milhões) para a Volvo fabricante de carros - divisão da Ford.
Outros 400 milhões de euros irão para as francesas PSA Peugeot-Citroen e Renault, para a italiana Fiat e para as alemãs BMW e Daimler.
"A diretoria do Banco Europeu de Investimentos aprovou hoje empréstimos para as fabricantes de carros e caminhões", informou a instituição, que acrescentou que os recursos serão aplicados no desenvolvimento de tecnologia para aumentar a eficiência no consumo de combustível e reduzir as emissões de CO2.
O banco ainda informou que outros 2,8 bilhões de euros (US$ 3,5 bilhões) em empréstimos para as montadoras podem ser aprovados em abril e maio deste ano.
Na segunda-feira (9/03), o presidente do EIB, Philippe Maystadt, alertou para solicitações, por parte de governos europeus, de aumentos nos empréstimos para o setor automobilístico; esses aumentos, segundo ele, poderiam ameaçar sua capacidade de ajudar outros setores.
"Para o setor automotivo, estamos fazendo mais do que foi anunciado, e estamos dispostos a fazer um pouco mais, mas há limites", disse. "Tanto em termos políticos como de práticas de empréstimos saudáveis seria um erro concentrar uma parte muito grande de nossos empréstimos em um único setor." "Até junho, o EIB deve ter aprovado para a indústria do automóvel um total muito mais significativo de 7 bilhões de euros (US$ 8,9 bilhões) de créditos, ou seja, mais de 10% de nosso total de empréstimos para este ano", disse Maystadt.
Durante uma cúpula europeia em 1° de março, Alemanha, França e Luxemburgo pediram um aumento dos empréstimos do EIB para o setor automobilístico. Alguns países, como a França, pediram inclusive a supressão do teto atual de 400 milhões de euros por ano e por empresa.
Mas Maystadt defendeu essa regra, explicando que o EIB devia ter "um enfoque equilibrado" entre os diferentes países e não conceder mais de 5% de seus empréstimos totais a um único cliente.