Economia

Preço do petróleo dispara 11% com especulação sobre reunião da Opep

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postado em 12/03/2009 17:52
Os preços do petróleo saltaram mais de 11% nesta quinta-feira (12/03) em Nova York, com o barril recuperando as perdas de quarta-feira, devido à grande especulação dos investidores sobre uma possível redução da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o barril de petróleo tipo WTI (West Texas Intermediate) para entrega em abril teve alta de 11,1%, cotado a US$ 47,03. Já em Londres, o barril de Brent com o mesmo vencimento avançou 8,9%, negociado a US$ 45,09. O preço "recuperou todas as perdas" de quarta-feira, "e até mais", destacou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates. Na sessão anterior, o barril havia recuado US$ 3,38, depois do anúncio de um aumento dos estoques americanos de petróleo bruto e produtos destilados (diesel e combustível para calefação). O mercado continuou dominado pela aproximação da reunião da Opep, no próximo domingo, cujo resultado ainda é nebuloso, segundo Lipow. Mas os investidores especulam cada vez mais sobre uma nova redução das cotas do cartel, ainda que as intenções de seus 12 membros continuem divergindo, como reconheceu na quarta-feira Chekib Khelil, ministro da Energia da Argélia. "O mercado busca sempre um equilíbrio entre as diferentes realidades a curto prazo: o estado lamentável da demanda contra o momento em que a demanda se recupera", explicou Phil Flynn, da Alaron Trading. O consumo mundial da commodity registrou em 2008 sua primeira queda em 25 anos, e a tendência é que o quadro piore em 2009, segundo os principais observadores do mercado. Nesta quinta-feira, porém, uma queda menor que o esperado das vendas no varejo nos Estados Unidos, maior consumidor mundial de petróleo, permitiu que o barril se recuperasse. Alguns investidores "esperam que as reduções da Opep, refinarias que trabalham com metade da capacidade e investidores em baixa, contribuirão para uma súbita recuperação da economia", estimou Flynn.

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