postado em 13/03/2009 14:19
As Bolsas europeias fecharam em alta nesta sexta-feira (13/03), com os ganhos nas ações do setor bancário. Os investidores se animaram com as notícias de que tanto o Citigroup como o Bank of America tiveram resultados positivos nos dois primeiros meses deste ano e que não precisariam de novos aportes de dinheiro do governo americano.
A Bolsa de Londres fechou em alta de 1,12% no índice FTSE 100, indo para 3.753,68 pontos; a Bolsa de Paris subiu 0,42% no índice CAC 40, indo para 2.705,63 pontos; a Bolsa de Amsterdã subiu 0,20% no índice AEX General, que ficou com 211,74 pontos; e a Bolsa de Zurique ganhou 1,74%, fechando com 4.726,74 pontos no índice Swiss Market. O índice FTSEurofirst 300 - que reúne as ações das principais empresas europeias - fechou em alta de 0,7%, ficando com 701,49 pontos (durante o dia o indicador chegou a subir até 716,05 pontos). Foi o primeiro encerramento acima dos 700 pontos desde o fim de fevereiro.
As exceções do dia foram a Bolsa de Frankfurt, que teve ligeira variação negativa de 0,07% no índice DAX, indo para 3.953,60 pontos; e a Bolsa de Milão, que registrou baixa de 0,40% no índice MIBTel, fechando com 11.368 pontos.
"O setor financeiro tem registrado altas após as notícias do Citigroup e do Bank of America terem ganhado visibilidade", disse o estrategista Philip Lawlor, da consultoria Nomura. Ele destacou, no entanto, que o setor de tecnologia tem sofrido baixas.
Relatos de que o presidente do conselho do Citi, Richard Parsons, considerou desnecessário um novo aporte de recursos do governo para ajudar o banco trouxe ânimo aos investidores. Ontem, o executivo-chefe do Bank of America, Ken Lewis, disse que o banco obteve lucros em janeiro e fevereiro, também favorecendo os negócios.
Entre os papéis do setor bancário os destaques foram os do HSBC, Standard Chartered, Credit Suisse, Santander e BNP Paribas, com ganhos entre 2,7% e 6,8%. As ações do britânico Barclays subiram mais de 3%.
Os investidores também viram com otimismo a aprovação do pacote de 4 trilhões de yuans (cerca de US$ 584 bilhões) na China, para estimular a economia do país. O premiê chinês, Wen Jiabao, disse hoje que será muito difícil, mas não impossível, obter um crescimento de 8% este ano na China.
"Na China, um país em desenvolvimento com uma população de 1,3 bilhão de pessoas, manter uma certa taxa de crescimento para a economia é essencial para expandir o emprego dos habitantes das cidades e do campo, aumentando assim a renda das pessoas e assegurando a estabilidade social", disse o premiê, ao anunciar o lançamento do pacote, no início do mês.
Além disso, o premiê do Japão, Taro Aso, pediu hoje que sejam apresentadas novas medidas de estímulo econômico, que poderiam chegar a 100 trilhões de ienes (cerca de US$ 1 trilhão). Ele pediu unidade aos grupos políticos para que se atue antes que o risco de uma recessão mais profunda se torne realidade.