Economia

Brasil está em lista informal de países mais influentes do G20, diz jornal

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postado em 13/03/2009 15:33
Uma reportagem publicada pelo diário britânico Financial Times, nesta sexta-feira, afirma que o Brasil faz parte de uma lista informal de países-chave nas discussões do G20 financeiro, elaborada pelo governo britânico. Citando "um relatório confidencial" vazado do Ministério do Exterior britânico, o artigo diz que a lista de 11 países - da qual Argentina, México e mesmo a Rússia ficaram de fora - revela um "retrato intrigante" de como o governo britânico "vê o mundo". Além do Brasil, que presidiu o G20 no ano passado, estão entre os "países prioritários" EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Japão, Coréia do Sul, China, Índia, Arábia Saudita e África do Sul. O envolvimento do G20 - um grupo formado por países desenvolvidos e emergentes - nas discussões sobre a crise econômica mundial é resultado de reivindicações por uma maior democratização nas decisões sobre a economia do planeta. Líderes de países em desenvolvimento pedem mais voz nesta questão, apontando que foram ironicamente os países desenvolvidos que permitiram os desequilíbrios que levaram à espiral dos tempos atuais. O encontro do G20, marcado para Londres, simboliza essa tentativa de diálogo. Emergentes como Argentina, Rússia, México, Turquia e Indonésia não foram classificados como "Estados prioritários" na lista do ministério britânico, revela o editor político do jornal. A lista se completa com dois países desenvolvidos: Canadá e Austrália. "O documento confidencial foi divulgado em dezembro passado (...) para fornecer (subsídio) a serviços de relações públicas para a cúpula de Londres", diz a reportagem. Segundo o "FT", a ideia do governo era contratar empresas lobistas e empresas de RP para atuar junto aos países prioritários. As iniciativas incluiriam a promoção de campanhas de mídia, para "elevar o perfil do encontro para o público geral e para os formadores de opinião, facilitando uma tomada positiva de decisões". Mas no fim, diz a reportagem, o contrato de lobby de cerca de R$ 1 milhão não foi outorgado. O governo britânico respondeu que a lista "não é em absoluto uma hierarquia firme dos Estados mais importantes para as nossas relações políticas".

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