postado em 13/03/2009 18:11
Os preços do petróleo encerraram a semana em leve queda em Londres e Nova York - onde na quinta-feira subiram mais de 10% -, em um mercado atento e apreensivo com a proximidade da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o barril do petróleo cru para entrega em abril cedeu 1,66% (US$ 0,78 menos) em relação ao dia anterior, cotado a US$ 46,25.
Na Intercontinental Exchange de Londres (Ice), o barril do petróleo Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento perdeu 0,35% (menos US$ 0,16), negociado a US$ 44,93 no fechamento.
O barril operou em alta durante grande parte da sessão, mas os preços acabaram afetados por realizações de lucros no mercado nova-iorquino, um dia depois de um avanço de 11,1%.
A oscilação dos preços refletem as dúvidas do mercado sobre o desenlace da reunião da Opep, que acontece neste domingo (15/03) em Viena. "Os investidores não sabem o que pensar", explicou Adam Sieminski, do Deutsche Bank.
Para baixo
A Opep anunciou hoje que revisou para baixo sua previsão sobre o consumo mundial de petróleo, para uma média de 84,61 milhões de barris diários, um milhão menos que em 2008. A organização informou que vai se basear nesses dados na reunião ministerial do grupo programada para domingo.
A estimativa anterior da organização era de uma redução de 580 mil barris diários na demanda mundial. No dia 1° de janeiro deste ano entrou em vigor um corte de 2,2 milhões de barris na cota de produção da Opep, como forma de tentar conter o declínio do preço da commodity.
Demanda
Em seu relatório mensal, também publicado nesta sexta-feira, a Agência Internacional de Energia (AIE) reduziu sua previsão da demanda mundial de petróleo para 2009, a 84,4 milhões de barris diários. A agência explica que os cortes de produção da Opep começam a dar frutos, provocando o aumento das cotações do petróleo.
A previsão anterior da agência era de 84,7 milhões de barris por dia, em consequência dos efeitos da crise econômica na Ásia, Rússia e Estados Unidos, informa o relatório mensal.