postado em 16/03/2009 18:23
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (16/01), em Nova York, que irá à cúpula do G20 (que reúne os países mais ricos e os principais emergentes), que será realizada no dia 2 de abril em Londres, com propostas concretas para democratizar o Fundo Monetário Internacional (FMI).
"O Brasil apresentará propostas concretas na cúpula de Londres e muitas terão como objetivo tornar mais democrático o FMI", afirmou Lula em m fórum em Nova York sobre a economia do Brasil, encerrando uma visita aos EUA, iniciada no último sábado (14/03).
Lula afirmou que "as atuais circunstâncias demonstram o colapso dos mecanismos de governo globais, que incluem as organizações multilaterais, particularmente o FMI e o Banco Mundial" (BM).
"É muito importante que o FMI supervisione da mesma maneira as economias desenvolvidas como fez com os países pobres e em desenvolvimento", afirmou a cerca de cem executivos e investidores reunidos em um hotel nova-iorquino.
Além disso, defendeu que estas organizações multilaterais "evitem atuar com a arrogância que exibiram no passado".
O presidente brasileiro disse que conversou sobre suas propostas em relação ao FMI com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante o encontro no dia 14 de março na Casa Branca.
Lula afirmou ainda que conversaram da necessidade de eliminar os paraísos fiscais, que "são os maiores aliados do crime organizado internacional".
'Fortaleza'
Em seu discurso, o presidente reiterou que o Brasil enfrenta a atual situação de uma posição de fortaleza, o que permitirá evitar os abalos econômicos que o país costumava experimentar cada vez que ocorria uma crise nos mercados mundiais.
"Cresceremos menos que o esperado em 2009, menos do que teríamos feito se não fosse por esta crise externa. Mas cresceremos", destacou.
O presidente afirmou que o governo brasileiro está disposto a adotar todas as medidas necessárias para evitar que o afundamento dos mercados financeiros destrua o progresso social conseguido pelo país desde que assumiu a presidência, em 2003.
"Esta crise não nos causa medo. Não cortarei nem um centavo do gasto social ou do investimento em infraestruturas", acrescentou.