postado em 16/03/2009 18:40
As bolsas americanas fecharam nesta segunda-feira (16/03) com perdas, após apresentarem quatro dias seguidos com ganhos. Os negócios em Wall Street estavam em terreno positivo até os minutos finais dos pregões, quando viraram devido ao movimento de realização de lucros.
O Dow Jones Industrial Average --principal indicador da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) recuou 0,1%, a 7.216,97 unidades, enquanto o ampliado S 500 perdeu 0,35%, para 753,89 pontos. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite teve baixa de 1,92%, para 1.404,02 unidades.
Segundo analistas, as perdas de hoje não podem ser vistas como o fim do otimismo dos investidores diante da recuperação do setor bancário americano, onde começou a atual crise financeira. O que ocorreu foi uma realização de lucros após a alta de mais de 10% que as Bolsas americanas conseguiram desde terça-feira passada.
"Isso é saudável", disse Dave Rovelli, diretor da corretora Canaccord Adams em Nova York. "A melhor coisa para esse mercado é que nós não cresceremos agressivamente. Um crescimento sustentado por alguns dias seguido de um dia de baixa é bem melhor do que subir mil pontos (no índice Dow Jones) de uma vez", acrescentou.
Recuperação
A recuperação do mercado acionário americano começou na terça-feira passada, quando o executivo-chefe do Citigroup, Vikram Pandit, disse que o banco operou com lucro operacional de US$ 8,3 bilhões no primeiro bimestre do ano. O Bank of America fez um anúncio semelhante na quinta-feira, e hoje foi a vez do banco britânico Barclays.
Os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, feitos em uma entrevista apresentada ontem no programada de TV "60 minutes", da rede CBS, também trouxeram otimismo aos investidores.
Para Bernanke, a recessão nos EUA "provavelmente" terminará no final deste ano. Ele ainda afirmou que nenhum grande banco americano é insolvente e que, se as coisas piorarem, o governo não os deixará quebrar, mas intervirá para evitar os efeitos de uma quebra no sistema financeiro.