postado em 17/03/2009 12:12
A Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) opera com o índice Dow Jones Industrial Average (DJIA) em baixa nesta terça-feira (17/03), depois de fechar em queda no pregão de ontem, após ganhos em quatro sessões consecutivas. O dado sobre o mercado imobiliário hoje foi visto com otimismo pelos investidores, mas não conseguiu restaurar o otimismo visto desde a semana passada.
Às 11h19 (em Brasília), a Nyse estava em baixa de 0,14%, indo para 7.206,85 pontos no DJIA, enquanto o S 500 subia 0,37%, indo para 756,71 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em alta de 0,98%, com 1.417,75 pontos.
O Departamento do Comércio informou hoje que o número de construções de casas nos Estados Unidos registrou avanço de 22,2% em fevereiro, chegando a uma taxa anualizada de 583 mil unidades. O resultado surpreendeu analistas, que esperavam uma nova queda.
Os dados de janeiro foram revistos para cima e mostraram uma taxa anualizada de construção de 477 mil unidades - melhor que o inicialmente divulgado (taxa anualizada de 466 mil), mas ainda é o mais baixo desde que o Departamento do Comércio começou a pesquisa, em 1959.
Mesmo com o nível fraco em que se encontra, o resultado do mês passado foi o primeiro em alta, após as quedas vistas nos sete meses anteriores - a última vez em que o indicador de construções de casas nos EUA havia registrado um mês positivo foi em junho de 2008.
O Departamento do Trabalho, por sua vez, informou que o PPI (Índice de Preços ao Produtor, na sigla em inglês), que apura o movimento dos preços no atacado, registrou uma alta de 0,1% em fevereiro, com a queda nos preços dos alimentos. O núcleo do indicador (que exclui os preços de alimentos e energia) teve alta de 0,2% no mês passado, abaixo do 0,4% visto em janeiro. A previsão dos analistas, no entanto, era de uma alta mais modesta, de 0,1%.
Ontem, os principais indicadores das Bolsas americanas cederam no fim do dia: o DJIA caiu 0,1%; o S 500 caiu 0,35%; e a Nasdaq caiu 1,92%. Os negócios seguiram em alta durante o dia, com os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, mas no fim da sessão passaram a cair.
Para Bernanke, a recessão nos EUA "provavelmente" terminará no final deste ano. Ele ainda afirmou que nenhum grande banco americano é insolvente e que, se as coisas piorarem, o governo não os deixará quebrar, mas intervirá para evitar os efeitos de uma quebra no sistema financeiro.
A recuperação do mercado acionário americano, vista desde o último dia 10, se deveu a notícias positivas do setor bancário. O executivo-chefe do Citigroup, Vikram Pandit, disse na semana passada que o banco operou com lucro operacional de US$ 8,3 bilhões no primeiro bimestre do ano. O Bank of America fez um anúncio semelhante na quinta-feira (12), e ontem foi a vez do banco britânico Barclays.