postado em 17/03/2009 15:40
O executivo-chefe da montadora americana Chrysler, Robert Nardelli, disse nesta terça-feira (17/03) que não vê sinais definitivos de recuperação para o setor automobilístico. Ele elogiou a força-tarefa organizada pelo governo para supervisionar o desempenho das montadoras americanas, mas destacou que não vê sinais de que a possibilidade de uma concordata esteja descartada.
"Todas as opções estão sobre a mesa", disse Nardelli à rede americana de TV CNBC. "Eles (a força-tarefa do governo) não disseram que a concordata está definitivamente fora de questão. Acho que eles estão sendo muito cuidadosos para não sinalizarem nenhum tipo de decisão." Nardelli disse também que a parceria com a italiana Fiat é "essencial" para a empresa, e a parceria levaria a economias que poderiam ser utilizadas para pagar os recursos recebidos pelo governo.
"Quando eu cheguei (à Chrysler), estávamos voltados para veículos médios e grandes (...) Acho que temos a responsabilidade de nunca sermos apanhados de novo, dado o potencial cíclico dos preços dos combustíveis. Por isso a aliança com a Fiat é tão importante para nós." Em janeiro, a Chrysler e a Fiat anunciaram um acordo para estabelecer "uma aliança global estratégica". Pelo acordo, a Fiat fornecerá à Chrysler plataformas de veículos de consumo reduzido, fábricas de motor e autopeças, assim como a infraestrutura de distribuição em mercados emergentes. Em troca, a Fiat receberá 35% do conjunto de acionistas da Chrysler.
Reestruturação
A Chrysler e a General Motors (GM) já apresentaram seus planos de reestruturação ao Congresso, como contrapartida pela ajuda de US$ 17,4 bilhões oferecida a ambas em dezembro do ano passado. As duas empresas solicitaram uma quantia suplementar - US$ 5 bilhões para a Chrysler, que já obteve US$ 4 bilhões, e até US$ 16,6 bilhões para a GM, que já conseguiu US$ 13,4 bilhões.