Economia

Bolsas americanas aproveitam onda de confiança e fecham com forte alta

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postado em 17/03/2009 18:43
O mercado acionário americano fechou nesta terça-feira (17/03) com ganhos, após iniciarem o dia sem uma tendência definida. Mais uma vez, a confiança dos investidores em relação a uma recuperação do setor bancário fez com que Wall Street tivesse mais um dia positivo - foi a quinta alta nos últimos seis pregões. O Dow Jones Industrial Average - rincipal indicador da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) - fechou em alta de 2,48%, indo para 7.395,70 pontos, enquanto o S 500 subiu 3,21%, indo para 778,12 pontos. A Bolsa eletrônica Nasdaq ganhou 4,14% no indicador Nasdaq Composite, com 1.462,11 pontos. A recuperação do mercado acionário americano, vista desde a terça-feira passada, ocorre desde que o executivo-chefe do Citigroup, Vikram Pandit, disse que o banco operou com lucro operacional de US$ 8,3 bilhões no primeiro bimestre do ano. O Bank of America fez um anúncio semelhante na quinta-feira (12), e ontem foi a vez do banco britânico Barclays. Depois de passar quatro dias seguidos com ganhos, ontem o mercado americano fechou com perdas, o que foi visto pelo mercado apenas como um movimento de realização de lucros. Depois de um início de pregão hesitante, ainda reflexo da realização dos ganhos, os investidores voltaram às compras. Como reflexo da volta da confiança no setor bancário, os papéis das instituições financeiras foram de novo o destaque do pregão na Nyse, com destaques para Citigroup (7,73%), Bank of America (1,46%), AIG (15,66%), Wells Fargo (7,01%) e JPMorgan Chase (8,88%). Macroeconômicos Os dados macroeconômicos também ajudaram a montar o quadro positivo de hoje. O Departamento do Comércio informou hoje que o número de construções de casas nos Estados Unidos registrou avanço de 22,2% em fevereiro, chegando a uma taxa anualizada de 583 mil unidades. O resultado surpreendeu analistas, que esperavam uma nova queda. Os dados de janeiro foram revistos para cima e mostraram uma taxa anualizada de construção de 477 mil unidades --melhor que o inicialmente divulgado (taxa anualizada de 466 mil), mas ainda é o mais baixo desde que o Departamento do Comércio começou a pesquisa, em 1959. Mesmo com o nível fraco em que se encontra, o resultado do mês passado foi o primeiro em alta, após as quedas vistas nos sete meses anteriores - a última vez em que o indicador de construções de casas nos EUA havia registrado um mês positivo foi em junho de 2008. O Departamento do Trabalho, por sua vez, informou que o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês), que apura o movimento dos preços no atacado, registrou uma alta de 0,1% em fevereiro, com a queda nos preços dos alimentos. O núcleo do indicador (que exclui os preços de alimentos e energia) teve alta de 0,2% no mês passado, abaixo do 0,4% visto em janeiro. A previsão dos analistas, no entanto, era de uma alta mais modesta, de 0,1%.

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