postado em 17/03/2009 18:53
A Eletrobrás vai investir R$ 30,2 bilhões, e não R$ 22 bilhões, de 2009 a 2012, de acordo com o Plano de Ações Estratégicas aprovado no final da noite de sexta-feira e divulgado pela companhia - a empresa se corrigiu nesta terça-feira. A participação em projetos de geração agregará mais de 7 mil megawatts ao Sistema Integrado Nacional (SIN).
Outra meta é a construção de mais de 15 mil quilômetros de linhas de transmissão. Neste ano serão investidos R$ 8,7 bilhõe. Dos R$ 30,2 bilhões, R$ 26 bilhões serão destinados para projetos em que o Sistema Eletrobrás detém 100% de participação. Os outros R$ 4,2 bilhões serão investidos pelas subsidiárias em projetos que possuem participação de outras empresas.
Do total de R$ 8,7 bilhões a serem investidos em 2009, R$ 7,2 bilhões são relativos aos projetos 100% Eletrobrás. Desse valor, serão R$ 3,6 bilhões destinados à geração, R$ 1,9 bilhão à transmissão e R$ 1 bilhão às empresas de distribuição das regiões Norte e Nordeste.
Os recursos da distribuição serão utilizados, de acordo com comunicado da empresa, na melhoria da gestão e das operações das distribuidoras. Haverá investimentos em subestações, transformadores, medidores e outros equipamentos para melhorar o desempenho das empresas.
O restante dos recursos previstos para 2009 será utilizado em projetos de eficiência energética e em pesquisa e desenvolvimento. Até 2012, as subsidiárias deverão ter aumento de produtividade de 5% nos parques de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Este foi o primeiro plano estratégico já divulgado pela estatal. Além do crescimento interno da Eletrobrás e suas subsidiárias, está previsto o projeto de internacionalização, com possibilidade de construção de projetos de geração de 18 mil megawatts e de 11 mil quilômetros de linhas de transmissão no exterior, até 2012.
Um dos principais projetos internacionais é em parceria com o Peru, para a construção de seis usinas hidrelétricas: Inambari (2.000 MW), Sumabeni (1.074 MW), Paquitzapango (2.000 MW), Urubamba (940 MW), Vizcatán (750 MW) e Cuquipampa (800 MW). Está prevista também uma usina na Argentina, em Garabi, com capacidade de 2.000 MW.
Estudos
De acordo com o comunicado, o presidente da estatal, José Antonio Muniz, acredita que a viabilidade das usinas depende dos estudos financeiros e ambientais. Ele afirmou que a companhia não vai investir sozinha em nenhum projeto no exterior, somente com sócios.
Os projetos binacionais dependerão ainda de tratados a serem aprovados pelos Congressos dos países envolvidos. No mercado financeiro externo, a companhia espera entrar até 2012 para o índice de sustentabilidade da Bolsa de Nova York, o Dow Jones Sustainability Index (DJSI). No Brasil, a Eletrobrás quer entrar para o Nível 2 de governança corporativa da Bovespa.
Seguindo o exemplo de outras companhias após a piora da crise financeira internacional, a Eletrobrás vai buscar reduzir os custos na aquisição de materiais e equipamentos em no mínimo 10%, até dezembro de 2010.