postado em 17/03/2009 20:15
Com a plena entrada em funcionamento do terminal de regaseificação da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a disponibilidade de gás pela Petrobras chegará a 113 milhões de metros cúbicos de gás diários. Seria o equivalente à capacidade de geração de 1,1 mil megawatts.
O terminal de GNL (gás natural liquefeito) da Baía de Guanabara entrará em pleno funcionamento apenas em 30 abril, quando está prevista a conclusão do gasoduto Japeri-Reduc. Faltam ainda 48 quilômetros de construção.
Amanhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará o terminal, acompanhado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef.
O terminal de regaseificação de GNL já foi totalmente concluído em janeiro, com recorde de construção, tendo levado um ano para ficar pronto. O terminal terá capacidade para 14 milhões de metros cúbicos de gás por dia, o equivalente a uma geração de 3 mil megawatts. O investimento da obra foi de R$ 819 milhões.
A capacidade de geração própria da estatal é de 62 milhões de metros cúbicos. Além disso, há a possibilidade de importação de até 30 milhões de metros cúbicos da Bolívia. O terminal da Baía de Guanabara terá capacidade de 14 milhões de metros cúbicos e o de Pecém, no Ceará, de 7 milhões, totalizando os 113 milhões de metros cúbicos. Deste total, cerca de metade vai para consumo interno da Petrobras.
Garantia
A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse que o projeto do Rio de Janeiro é o mais importante para a garantia de fornecimento energético do país após o gasoduto Bolívia-Brasil.
"Esse projeto concluído, hoje em fase de comissionamento, é um projeto que tem um significado imenso para a garantia do suprimento de gás do país. Depois do gasoduto Bolívia-Brasil, é sem dúvida um grande projeto concluído, para a colocação de gás de origens diversas, a nível de fornecedores mundiais", disse Graça Foster.
A Petrobras planeja a construção de um terceiro terminal de regaseificação. O local onde será construído o novo terminal ainda não foi decidido, mas deverá ser entre Rio, São Paulo e Espírito Santo.
Segundo a diretora, o terminal precisará estar próximo a locais de grande produção local. Isto porque o novo projeto não se reduz a um terminal de regaseificação. Deverá ser construído um Complexo de GNL, contando também com sistema de tancagem e com uma unidade de liquefação.