Economia

Emprego formal volta a crescer em fevereiro, após três meses de queda

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postado em 18/03/2009 12:06
A economia brasileira registrou a criação de 9.179 vagas com carteira assinada em fevereiro, após três meses de resultados negativos devido à crise econômica. O número representa a diferença entre contratações (1,233 milhão) e demissões (1,224 milhões) no período. Para meses de fevereiro, as contratações tiveram o segundo melhor resultado da série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em 1996. As demissões foram as maiores para meses de fevereiro, mas tiveram queda de 7,13% em relação a janeiro. Apesar da recuperação, esse é o pior resultado para meses de fevereiro desde 1999, de acordo com dados do Caged. Na época, foram fechados 78 mil postos. Em fevereiro de 2008, por exemplo, foram abertos 204.963 postos com carteira assinada. O número também ficou abaixo do mencionado pelo ministro Carlos Lupi (Trabalho), que apontou criação de cerca de 20 mil postos no mês passado. "Será próximo disso [20 mil vagas]. Não mais de 20 mil", disse Lupi, acrescentando que o resultado do emprego formal na indústria continuaria negativo. Entre novembro e janeiro, foram fechadas quase 800 mil vagas com carteira assinada. Em dezembro, pior mês da crise no emprego, o governo registrou o pior resultado da série histórica do Ministério do Trabalho, quando foram fechados 654.946 postos de trabalho. Somente em janeiro deste ano, foram fechadas 101 mil vagas. Lupi disse que espera um novo aumento do emprego em março, com a criação de mais de 100 mil vagas. "A minha previsão é mais de 100 mil em março, podendo surpreender", afirmou. "Para ano, é de 1,5 milhão." Nos últimos 12 meses, foram criadas 1,011 milhão de vagas. Isso representa uma perda de quase 450 mil empregos em relação ao resultado no final de 2008 (1,452 milhão de vagas). Setores A indústria de transformação e o comércio apresentaram resultado negativo no mês passado, com o fechamento de 56.456 vagas e 10.275 pontos, respectivamente. Entre os principais setores, houve expansão do emprego nos setores de serviços (57.518), administração pública (14.491), construção civil (2.842) e agricultura (957). Nas regiões, os resultados ficaram positivos no Centro-oeste (19.039), Sul (8.915) e Sudeste (4.146). As outras duas regiões registraram perda de emprego: Norte (-6.229) e Nordeste (-16.692). As nove maiores regiões metropolitanas criaram 8.664 pontos, com destaque positivo para o Rio (8.388) e negativo para Salvador (-1.219). Na região metropolitana de São Paulo, o resultado ficou próximo de zero (-2 vagas). No estado, houve uma perda de 95 empregos formais. "[O estado de] São Paulo estabilizou e, a partir de março, vai ser a alavanca da geração de emprego no país. Por causa da retomada da indústria e do aumento no poder de compra da população, com o aumento do salário mínimo", afirmou Lupi.

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