postado em 18/03/2009 18:13
O preço do barril do petróleo recuou nesta quarta-feira (18/03), após tocar os US$ 50 na sessão anterior, afetado por uma forte incremento das reservas de petróleo nos Estados Unidos.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os contratos de petróleo cru para entrega em abril encerraram em US$ 48,14, em queda de 2,07% em relação ao fechamento anterior (US$ 49,16).
Em Londres, o barril do petróleo Brent do mar do Norte, de referência na Europa, para entrega em maio, cedeu US$ 0,58, para US$ 47,66.
Após uma leve alta logo na abertura da sessão desta quarta-feira, os preços passaram a cair na sequência à divulgação das reservas de petróleo dos Estados Unidos. Segundo divulgou o Departamento de Energia, as reservas de petróleo aumentaram em 2 milhões de barris, passando a 353,3 milhões de barris durante a semana finalizada em 13 de março. Analistas esperavam uma elevação de 1 milhão de barris.
Os estoques de gasolina também subiram, em 3,2 milhões de barris, ficando a 215,7 milhões de barris, quando os analistas esperavam uma queda de 1,2 milhão de barris. Os estoques de produtos destilados (diesel e combustível para calefação) aumentaram, por sua vez, menos que o previsto, em 100 mil barris, para 145,5 milhões de barris. Os analistas esperavam uma alta de 700 mil barris.
Redução de produção
Apesar dos tropeços de hoje, alguns analistas sustentam que a possibilidade de aOrganização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduzir sua produção, na reunião de maio, pode manter em alta os preços do petróleo nas próximas semanas.
O secretário-geral do cartel, Abdallah el Badri, advertiu nesta quarta-feira que a queda do preço do petróleo ameaça a oferta da principal fonte de energia nos próximos 50 anos, diante do adiamento e do cancelamento de investimentos essenciais. "Os preços atuais ameaçam a sustentabilidade dos investimentos. Ouvimos falar de cortes de projetos, atrasos e cancelamentos. Estão colocando a oferta futura de petróleo em risco", afirmou El Badri, na abertura de um seminário internacional de energia.
O ministro da Energia argelino, Shakib Khelil, também disse que se a crise econômica prosseguir, "acontecerá um ajuste da oferta e tensão no mercado petroleiro". Em julho do ano passado, o barril atingiu o preço recorde de US$ 147,27, mas chegou a atingir a marca de US$ 33 em dezembro.