Economia

Bolsas europeias sobem com plano do Fed para reativar crédito

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postado em 19/03/2009 10:40
As Bolsas europeias operam em alta nesta quinta-feira (19/03), com ganhos nos setores bancário e de commodities. Os investidores viram com otimismo a iniciativa do Fed (Federal Reserve, o BC americano), de destinar US$ 1,150 trilhão adicionais para ajudar os mercados imobiliário e de crédito. A expectativa é de que as medidas contribuam para reativar o crescimento tanto nos EUA como na economia global. Às 9h27 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em alta de 2,03% no índice FTSE 100, indo para 3.882,31 pontos; a Bolsa de Paris subia 1,44% no índice CAC 40, indo para 2.800,01 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha alta de 2,51% no índice DAX, operando com 4.095,97 pontos; a Bolsa de Zurique, estava em alta de 1,80%, com 4.869,30 pontos no índice Swiss Market; a Bolsa de Milão tinha alta de 3,33% no índice MIBTel, que ia para 12.145 pontos; e a Bolsa de Amsterdã tinha alta de 1,92% no índice AEX General, que estava com 213,36 pontos. Mais cedo, o índice FTSEurofirst 300 - que reúne ações das principais empresas europeias - tinha alta de 2%, indo para 725,16 pontos, com os ganhos dos bancos e de mineradoras e petrolíferas. Na próxima semana o Fed começará a comprar títulos do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento em longo prazo que estão no mercado, a fim de injetar dinheiro entre as instituições privadas e estimular a circulação de crédito no país. Sem crédito, o consumo das famílias, que responde por dois terços da economia, é prejudicado. O banco separou para a operação US$ 300 bilhões, a serem usados em seis meses. No comunicado divulgado após o anúncio da decisão sobre a taxa de juros (mantida em uma margem de variação entre zero e 0,25% ao ano), o Fed também informou a decisão de aumentar para até US$ 1,25 trilhão (US$ 750 bi além dos US$ 500 bi já previstos) o montante aplicado neste ano na compra de papéis lastreados em hipotecas. Também aqui, o objetivo dar liquidez para o setor imobiliário. Além disso, o BC americano elevou de US$ 100 bilhões para US$ 200 bilhões o valor para comprar papéis de dívida emitidos diretamente pelas três empresas hipotecárias que contam com apoio do governo - a Fannie Mae, a Freddie Mac e a Ginnie Mae. Assim, só os valores anunciados hoje somam US$ 1,15 trilhão. No início deste mês, o Fed lançou um programa para impulsionar a oferta de crédito a consumidores e pequenas empresas, no valor de US$ 200 bilhões. O objetivo é que os recursos cheguem a consumidores para, por exemplo, quitar dívidas de cartão de crédito, pagar créditos estudantis e financiar compras de itens como automóveis. Além disso, irá ajudar pequenos empresários a manter as portas abertas.

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