Economia

Bolsas europeias fecham em alta com bancos e plano do Fed

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postado em 19/03/2009 15:01
As Bolsas europeias fecharam em alta nesta quinta-feira (19/03). Os ganhos nos papéis do setor bancário, com as expectativas dos investidores sobre o efeitos que a ajuda anunciada ontem pelo Fed (Federal Reserve, o BC americano) para a economia dos EUA terá sobre a economia global como um todo. Mesmo assim, os índices terminaram o pregão de hoje em níveis menores que os vistos durante o dia - alguns chegaram a passar de 3% de alta. A Bolsa de Londres fechou em alta de 0,31% no índice FTSE 100, ficando com 3.816,93 pontos; a Bolsa de Paris subiu 0,60% no índice CAC 40, para 2.776,99 pontos; a Bolsa de Frankfurt teve alta de 1,18% no índice DAX, fechando com 4.043,46 pontos; a Bolsa de Amsterdã teve alta de 0,50% no índice AEX General, que ficou com 210,38 pontos; a Bolsa de Zurique subiu 0,24%, ficando com 4.794,63 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão teve alta de 2,01% no índice MIBTel, indo para 11.990 pontos. O índice FTSEurofirst 300 --que reúne ações das principais empresas europeias - fechou em alta de 0,6%, em 715,27 pontos. Durante o dia o ponto chegou a 730,22 pontos. "A euforia inicial envolvendo a compra de títulos [pelo Fed] parece ter diminuído um pouco. As Bolsas americanas estão mais fracas, o que afetou os mercados europeus", disse à agência de notícias Reuters o estrategista Peter Dixon, do Commerzbank. Entre os papéis do setor financeiro que mais subiram hoje estiveram os dos bancos Barclays ( 18%), HSBC, Standard Chartered, UBS, UniCredit e Credit Suisse, que subiram entre 3,3% e 6,8%. Os setores de mineradoras e petrolíferas também tiveram ganhos, com a alta nos preços dos metais e do petróleo - às 14h04 (em Brasília), o barril para entrega em abril, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), estava cotado a US$ 51,10, em alta de mais de 6%. Na próxima semana o Fed começará a comprar títulos do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento em longo prazo que estão no mercado, a fim de injetar dinheiro entre as instituições privadas e estimular a circulação de crédito no país. Sem crédito, o consumo das família, que responde por dois terços da economia, é prejudicado. O banco separou para a operação US$ 300 bilhões, a serem usados em seis meses. No comunicado divulgado após o anúncio da decisão sobre a taxa de juros (mantida em uma margem de variação entre zero e 0,25% ao ano), o Fed também informou a decisão de aumentar para até US$ 1,25 trilhão (US$ 750 bi além dos US$ 500 bi já previstos) o montante aplicado neste ano na compra de papéis lastreados em hipotecas. Também aqui, o objetivo dar liquidez para o setor imobiliário. Além disso, o BC americano elevou de US$ 100 bilhões para US$ 200 bilhões o valor para comprar papéis de dívida emitidos diretamente pelas três empresas hipotecárias que contam com apoio do governo --a Fannie Mae, a Freddie Mac e a Ginnie Mae. Assim, só os valores anunciados hoje somam US$ 1,15 trilhão.

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