postado em 20/03/2009 08:26
O governo federal vai cortar R$ 21,6 bilhões no orçamento público e as vÃtimas são os aspirantes a cargos públicos. Segundo anúncio feito pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, as despesas com pessoal e encargos sociais vão cair R$ 1,066 bilhão, graças ao adiamento da posse de muitos aprovados em concursos e à renegociação de vagas pleiteadas pelos órgãos federais. O contingenciamento de recursos foi necessário, de acordo com o ministro, por causa da perda de R$ 48 bilhões na receita.
Os servidores que aguardam o reajuste previsto para julho também podem ser prejudicados. No momento, a opção do governo é manter os aumentos, mas, como destacou Bernardo, essa decisão pode mudar caso a arrecadação caia mais do que o previsto.
Oficialmente, o prejuÃzo anunciado, por enquanto, é apenas dos candidatos à s vagas de emprego no governo. Aqueles que pretendem ingressar no serviço público vão ter de aguardar mais tempo pelos processos seletivos. ;Quem está esperando concurso, pode saber que vai atrasar um pouco;, avisou o ministro.
As nomeações dos candidatos aprovados em exames já realizados também serão adiadas. Segundo Bernardo, os concursos autorizados estão mantidos, mas os prazos serão modificados porque, assim, o governo passa a ter mais folga no orçamento deste ano. O ministro garantiu, no entanto, que as nomeações serão feitas ainda em 2009. ;Os atrasos serão de dois ou três meses, estamos vendo caso a caso;, afirmou.
A regra vale para todas as rubricas do governo, inclusive para a educação, pasta que, segundo Bernardo havia dito na quarta-feira, não seria atingida. ;Estamos vendo com o Ministério da Educação se podemos fazer atividade coordenada de expansão de escolas técnicas e de nÃvel superior;, disse o ministro. ;Faremos essa discussão onde há demanda dos ministérios;, acrescentou. Os detalhes dos cortes serão divulgados até o fim do mês.
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Veja vÃdeo: Entrevista com Marcelo Viana, Sec. de Gestão do Min. do Planejamento