postado em 20/03/2009 16:26
Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Cristina Kirchner, discutiram nesta sexta-feira (20/03) a aceleração de medidas que ajudem o setor produtivo dos dois países, especialmente na questão do crédito.
Os pontos mais importantes é a colocação em prática de um protocolo entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco de La Nación Argentina e Banco de Integração e Comércio Exterior (BICE) para o financiamento de empresas argentina e de empresas brasileiras que atuem naquele país.
"Precisamos acelerar a vigência do convênio entre o BNDES, o Banco de La Nación e o Banco de Integração e Comércio Exterior. Esse acordo permitirá ao Brasil ultrapasse os US$ 3,6 bilhões de crédito aberto para empreendimentos na Argentina desde 2003", disse Lula no encerramento de seminário empresarial Brasil-Argentina na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Banco do Sul
"Já estão aprovados financiamentos para distribuição de gás na Província de Córdoba, assim como para a geração de eletricidade e sanaeamento", disse. "Para estimular o comércio e os investimentos, é preciso também acelerar projetos binacionais em estudo, como pontes, ferrovias e hidrelétricas na fronteira." Outro meio de financiar projetos de infra-estrutura na região, diz Lula, é fazer com que o Banco do Sul - banco de fomento regional da América do Sul - saia do papel.
"Finalmente, parece que segunda-feira, os nossos ministros da Economia vão se reunir e parece que finalmente nós vamos ter o Banco do Sul funcionando aqui na nossa querida América do Sul", disse.
O Banco do Sul, cuja criação foi oficializada no final de 2007, terá capital inicial de US$ 7 bilhões e conta com participação de Brasil, Argentina, Venezuela, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Equador. Porém, ainda não está em funcionamento.