Economia

Governo está "muito confiante" na ajuda de US$ 500 bi a bancos, diz Obama

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postado em 23/03/2009 14:05
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (23/03) que sua equipe econômica está "muito confiante" no funcionamento do pacote de ajuda para os bancos, a fim de reativar a circulação de crédito. Os detalhes do plano foram divulgados hoje pelo Departamento do Tesouro. Obama disse que o plano para comprar papéis "podres" (de alto risco de calote) será implementado de forma a que os contribuintes tomem parte também no bom desempenho, e não apenas no mau desempenho. O presidente também disse que o mercado imobiliário - que está na raiz da atual crise, e para o qual o governo já destinou um pacote de US$ 75 bilhões em ajuda - começa a mostrar alguns sinais de melhora. O comentário de Obama chega no dia em que a NAR (Associação Nacional dos Corretores de imóveis, na sigla em inglês) informou que as vendas de imóveis residenciais usados nos EUA cresceu 5,1%, para uma taxa anualizada de 4,72 milhões de unidades, contra uma expectativa de queda por parte dos analistas - dias depois de o Departamento do Comércio ter informado que o número de construções de casas nos Estados Unidos registrou avanço de 22,2% em fevereiro, chegando a uma taxa anualizada de 583 mil unidades. O Tesouro apresentou o plano público-privado para retirar dos balanços dos bancos papéis "podres", com a expectativa de mobilizar ao menos US$ 500 bilhões na compra de títulos desse tipo. Os US$ 100 bilhões iniciais que o governo pretende utilizar no chamado "Programa de Investimentos Público-Privados" sairão do Tarp (Programa de Alívio de Ativos Problemáticos, na sigla em inglês), programa aprovado em outubro do ano passado, na gestão do presidente George W. Bush, além de recursos de investidores privados. O programa pode chegar a US$ 1 trilhão. O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, reconheceu que o governo está assumindo riscos com o plano, mas afirmou que não se pode "resolver uma crise financeira sem que o Estado assuma riscos". "Não há dúvidas de que o Estado está assumindo riscos", afirmou Geithner à imprensa.

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