Economia

Bolsas europeias sobem com otimismo sobre plano de ajuda dos EUA a bancos

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postado em 23/03/2009 15:26
As bolsas europeias fecharam em alta nesta segunda-feira (23/03). Os investidores encontraram razão para o otimismo no anúncio dos detalhes do plano do Departamento do Tesouro dos EUA para retirar papéis "podres" (com alto risco de calote) nos bancos. A medida tem o objetivo de reativar a circulação de crédito no país - o que pode resultar em melhoria também para a economia global. A Bolsa de Londres fechou em alta de 2,86% no índice FTSE 100, ficando com 3.952,81 pontos; a Bolsa de Paris subiu 2,81% no índice CAC 40, para 2.869,57 pontos; a Bolsa de Frankfurt teve alta de 2,65% no índice DAX, fechando com 4.176,37 pontos; a Bolsa de Amsterdã teve alta de 3,85% no índice AEX General, que ficou com 220,90 pontos; a Bolsa de Milão teve alta de 4,66% no índice MIBTel, indo para 12.678 pontos; e a Bolsa de Zurique teve queda de 3,01%, ficando com 4.931,07 pontos no índice Swiss Market. O índice FTSEurofirst 300 - que reúne ações das principais empresas europeias - fechou com ganho de 3,1%, aos 739,77 pontos - maior resultado desde 19 de fevereiro. O setor financeiro, com destaque para o segmento bancário, foi o que mais ganhou nesta segunda. As ações do BNP Paribas, Banco Santander, Barclays , Deutsche Bank, HSBC e UniCredit encerraram o dia com altas entre 4,6% e 15,1%. Em Nova York o otimismo também leva a ganhos expressivos: às 14h22 (em Brasília), o índice Dow Jones Industrial Average subia 4,27%; o S 500, 4,42%; e a Bolsa Nasdaq, 4,08%. 'Mais um passo' "Trata-se de mais um passo, mas não será o último", disse o gerente de títulos Romain Boscher, da Groupama Asset Management. "Achamos que ainda será necessário estatizar alguns bancos." O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos apresentou hoje o plano público-privado para retirar dos balanços dos bancos papéis "podres", com US$ 100 bilhões iniciais do Tarp (Programa de Alívio de Ativos Problemáticos, na sigla em inglês), programa aprovado em outubro do ano passado, na gestão do presidente George W. Bush, além de recursos de investidores privados. O programa pode chegar a US$ 1 trilhão. Para estabelecer o preço dos papéis, o governo vai realizar leilões entre os bancos que estão vendendo esses ativos e os investidores interessados, na expectativa de criar um fluxo de mercado. Só após uma avaliação da eficácia do programa é que o governo vai considerar empregar mais dinheiro. A medida deve ajudar a sanear os balanços das instituições bancárias americanas, que já sofreram perdas bilionárias desde o colapso do mercado de papéis lastreados em hipotecas "subprime" (de maior risco), que acabou por afetar o mercado de crédito de modo geral.

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