postado em 23/03/2009 15:56
As ações de bancos, siderúrgicas, além dos papéis da Vale e Petrobras puxam a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na disparada desta segunda-feira (23/03), a reboque do "entusiasmo" global com o plano do Tesouro americano para sanear os bancos. O câmbio marca a R$ 2,26.
Os US$ 500 bilhões anunciados hoje pelo Tesouro se somam ao pacote anticrise anunciado na semana passada pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), que pode destinar US$ 1,25 trilhão para socorrer o mercado imobiliário nos Estados Unidos. A combinação de esforços anima os investidores, num cenário em que autoridades e alguns economistas do setor financeiro preveem o final da recessão ainda para este ano.
O Ibovespa, que reflete os preços das ações preferidas pelos investidores, valoriza 4,72% e alcança os 41.967 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,8 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York ganha 3,71%.
O dólar comercial é vendido por R$ 2,268, o que significa um acréscimo de 0,17% sobre a cotação de sexta-feira. A taxa de risco-país marca 412 pontos, número 2,60% abaixo da pontuação anterior.
Notícias do dia
O Tesouro dos EUA revelou que vai mobilizar cerca de US$ 500 bilhões para tirar dos bancos os chamados "ativos tóxicos" (créditos problemáticos), que travam a circulação de recursos para consumidores e empresas. Também informou que vai realizar leilões entre investidores para tentar colocar um preço por esses papéis "podres", esclarecendo uma principais dúvidas instaladas no mercado sobre o plano do governo para enfrentar o problema.
O plano foi pré-anunciado há semanas, mas a carência de detalhes sobre a forma de compra desses ativos havia frustrado o mercado e praticamente esvaziado seus efeitos positivos sobre as expectativas de investidores e analistas.
Entre outras notícias importantes do dia, o boletim Focus, do Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro já espera que a economia brasileira fique estagnada neste ano: as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas de um país) retraíram de 0,59% para 0,01% nas duas últimas semanas.
O governo brasileiro ainda comunicou que a balança comercial do país teve superávit de US$ 1,04 bilhão nas três primeiras semanas de março, um aumento de 40,5% se comparado com o desempenho registrado no mesmo período de 2008.
A Eurostat, a agência europeia de estatísticas, informou que o déficit comercial da zona do euro atingiu 10,5 bilhões de euros (US$ 14,3 bilhões) em janeiro deste ano, o que é 5,4% inferior ao saldo negativo registrado em idêntico mês do ano passado. Os dados ainda são preliminares.