postado em 23/03/2009 17:25
O preço do petróleo no mercado americano fechou nesta segunda-feira (23/03) com alta, aproveitando o otimismo entre os investidores com o detalhamento do plano do governo americano para ajudar os bancos a se livrarem de seus créditos mais problemáticos.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o preço do barril de petróleo bruto tipo WTI para entrega em maio subiu 5,37%, para US$ 53,80.
O Tesouro dos EUA revelou hoje que vai mobilizar cerca de US$ 500 bilhões para tirar dos bancos os chamados "ativos tóxicos" (créditos problemáticos), que travam a circulação de recursos para consumidores e empresas. Também informou que vai realizar leilões entre investidores para tentar colocar um preço por esses papéis "podres", esclarecendo uma principais dúvidas instaladas no mercado sobre o plano do governo para enfrentar o problema.
O plano foi pré-anunciado há semanas, mas a carência de detalhes sobre a forma de compra desses ativos havia frustrado o mercado e praticamente esvaziado seus efeitos positivos sobre as expectativas de investidores e analistas.
Os US$ 500 bilhões anunciados hoje pelo Tesouro se somam ao pacote anticrise anunciado na semana passada pelo Federal Reserve (banco central americano), que pode destinar US$ 1,25 trilhão para socorrer o mercado imobiliário nos Estados Unidos. A combinação de esforços anima os investidores, num cenário em que autoridades e alguns economistas do setor financeiro preveem o final da recessão ainda para este ano.
"No geral, tivemos notícias moderadamente boas ao longo do dia", disse Michael Lynch, presidente da Strategic Energy & Economic Research.
"Isso dá às pessoas algum otimismo para que talvez a demanda suba. Se o plano (para compra de ativos podres) for adiante, será bom." O desempenho surpreendente das vendas de casas usadas nos EUA também ajudou no bom humor dos investidores. A Associação Nacional dos Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em inglês) informou que as vendas avançaram 5,1% - de um volume anualizado de 4,49 milhões de unidades em janeiro para 4,72 milhões no mês passado. Os analistas do setor esperavam uma queda de 0,9%.