postado em 24/03/2009 12:23
Depois de três dias de paralisação, os cerca de 2,3 mil empregados da fabricante de pneus Pirelli retomaram as atividades. Em assembléia realizada na noite desta segunda-feira (23/03), eles aprovaram a proposta da empresa de reduzir salários em 10% e diminuir a jornada de trabalho em 14% pelo período de dois meses, além da estabilidade por quatro meses.
;Dadas as circunstâncias do momento, esse acordo foi uma grande vitória;, avaliou o presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo, Terezinho Martins da Rocha, referindo-se à crise financeira internacional, que têm afetado, principalmente, nos Estados Unidos, as atividades da indústria automobilística. Para o sindicalista, entretanto, é "horrível; ter de ceder à redução da renda dos trabalhadores e de horas trabalhadas. Ele acredita que os efeitos negativos da crise já estão passando.
Rocha argumentou que defendeu a greve deflagrada às 22h do último sábado (22) por ter a informação de que a Pirelli iria demitir 150 funcionários. Segundo ele, 11 empregados chegaram, de fato, a ser cortados. Desses, três queriam deixar a empresa e quatro foram desligados porque tiveram o contrato em regime temporário vencido no período. Quanto aos demais, segundo Rocha, o sindicato continuará em defesa de uma revisão dos casos.
Em nota, divulgada na tarde de ontem (23), a Pirelli reforçou que vinha negociando com o sindicato da categoria uma forma de preservar os empregos por meio da redução da jornada de trabalho aos domingos por três meses. Em razão de essa proposta ter sido rejeitada, a empresa teve de iniciar um ajuste no quadro de pessoal, informou o comunicado.