Economia

Camargo Corrêa se diz perplexa com operação da PF e alega inocência

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postado em 25/03/2009 12:28
A construtora Camargo Corrêa confirmou nesta quarta-feira (25/03) que foi alvo da Operação Castelo de Areia, deflagrada pela Polícia Federal para investigar crimes financeiros. Através de comunicado, a empresa se diz perplexa com a operação e que confia na inocência dos funcionários detidos, embora ainda não tenha acesso às informações da PF. "A Camargo Corrêa vem a público manifestar sua perplexidade diante dos fatos ocorridos hoje pela manhã, quando a sua sede em São Paulo foi invadida e isolada pela Polícia Federal, cumprindo mandado da Justiça. Até o momento a empresa não teve acesso ao teor do processo que autoriza essa ação", apontou a empresa. "O Grupo reafirma que confia em seus diretores e funcionários e que repudia a forma como foi constituída a ação, atingindo e constrangendo a comunidade Camargo Corrêa e trazendo incalculáveis prejuízos à imagem de suas empresas", informou a construtora, que ainda ressaltou que "cumpre rigorosamente com todas as suas obrigações legais." Os principais crimes investigados pela Polícia Federal são evasão de divisas, operação de instituição financeira sem a competente autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude a licitações. Somadas, as sentenças por esses crimes podem chegar a 27 anos de prisão. Segundo a Polícia Federal, a quadrilha movimentava dinheiro sem origem lícita aparente através de empresas de fachada e operações conhecidas como dólar-cabo - sem registro no Banco Central, através de depósito em conta brasileira de doleiros que possuem contas no exterior para transferência ao destino final do dinheiro. O objetivo era prender funcionários da construtora, além do articulador do esquema criminoso e dos doleiros identificados, segundo comunicado da PF, que não quis informar que a empresa em questão era a Camargo Corrêa. No total foram expedidos 10 mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão. Diversos clientes dos doleiros investigados foram também identificados e podem responder por crime de evasão, cuja pena chega a seis anos de prisão. Serão instaurados inquéritos policiais para apurar suas participações.

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