postado em 25/03/2009 19:11
Pela segunda vez consecutiva, o desemprego no Distrito Federal aumentou em relação ao mês anterior. Em dezembro a taxa estava em 15,4% da População Economicamente Ativa (PEA). Em janeiro passou para 15,7% e no mês passado foi de 16,3%, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (25/03) pela Secretaria de Trabalho do Distrito Federal e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Somente em fevereiro, 9 mil pessoas perderam seus empregos. Destas, 6 mil trabalhavam na construção civil, 2 mil na indústria e 2 mil no setor de serviços. A categoria definida como outros, que inclui os serviços domésticos, contratou 1 mil trabalhadores. O comércio e a administração pública mantiveram estáveis seus quadros de pessoal.
Queda anual
Apesar do aumento em relação a janeiro, a taxa de desemprego caiu em comparação com fevereiro do ano passado. Há um ano o índice estava em 17,6% da PEA. Nos últimos 12 meses foram criados 41 mil postos de trabalho na cidade.
O crescimento em relação ao mesmo mês de 2008 aponta que os efeitos da crise econômica no DF ainda são mais brandos que em outras cidades brasileiras, de acordo com o economista do Dieese, Tiago Oliveira.
Particularidades
"O mercado de trabalho do DF tem particularidades. Tem um peso muito grande da administração pública e dos serviços ligados à administração pública, o que faz com que os efeitos da crise sejam sentidos no DF de forma retardada. A gente acredita que os efeitos negativos serão sentidos quando o corte de gastos públicos chegar à economia", afirma.
O rendimento médio ficou praticamente estável em comparação com janeiro - o ganho real foi de 0,3% -, mas cresceu 7,2% em relação a fevereiro do ano passado. Em média, os trabalhadores da capital federal ganham R$ 1.828.