Economia

Impasse entre Petrobras e trabalhadores prossegue e greve vai para 5° dia

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postado em 26/03/2009 19:25
A reunião entre a Petrobras e as diretorias dos sindicatos dos petroleiros terminou sem acordo nesta quinta-feira (26/3). Com isso, a greve dos petroleiros está mantida no mínimo até amanhã, quando haverá nova assembleia para decidir se a paralisação vai se estender na próxima semana ou se os funcionários voltarão ao trabalho. Os trabalhadores da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, também vão aderir ao movimento e realizar uma paralisação de 24 horas, a contar a partir da zero hora de sexta-feira. A parada da BR promete ter mais efeitos sobre o consumidor do que a da própria produção da Petrobras, pela maior dificuldade de se fazer um plano de contingência. A diretora jurídica do Sitramico (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo), Lígia Deslandes, disse que a paralisação, mesmo de apenas 24 horas, poderá afetar o abastecimento dos postos BR, que representam mais de 30% do mercado brasileiro. A Petrobras tinha o objetivo de colocar um fim à greve antes do prazo anunciado --previsto inicialmente para amanhã--, mas impasses em relação ao piso da PLR (participação nos lucros e resultados) e ao estabelecimento de regras para o seu pagamento levaram à manutenção do movimento. Outra reivindicação da FUP (Federação Única dos Petroleiros) trata do pagamento dos feriados trabalhados, que, segundo a federação, seriam contabilizados como dias normais de trabalho. Além disso, os sindicatos reivindicam a garantia dos postos de trabalho nas empresas contratadas pela Petrobras. A alegação é de que, com a postura da estatal de renegociar contratos, as terceirizadas estariam cortando custos com a redução de pessoal. Os sindicatos pedem também melhores condições de trabalho e de segurança, com redução de acidentes nas dependências da companhia. A primeira reunião entre a Petrobras e os sindicatos ocorreu na tarde de terça-feira, tendo sido retomada na manhã de ontem, com duração até a madrugada de hoje. Nesta quinta-feira, as discussões foram reiniciadas na parte da tarde. Os próprios sindicatos acreditavam na possibilidade do encerramento do movimento ainda hoje, mas a indefinição fez com que a paralisação fosse mantida.

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